Faz sentido, esta campanha anti-Google da Microsoft?

Ou está a empresa liderada por Steve Ballmer apenas a defender os seus interesses financeiros? A Microsoft deixou a campanha ‘Scroogled’ de lado e passou a adoptar lobbies.

A Microsoft deu recentemente início à campanha Scroogled, que ficou popular não só por promover os serviços da empresa fundada por Bill Gates mas também por criticar a sua principal rival, a Google. Na sua campanha a Microsoft afirmou que a Google violava a privacidade dos seus utilizadores de forma a optimizar a exibição de publicidade e, aproveitando o contexto, apresentou e favoreceu os seus próprios serviços como alternativas a adoptar.

Mais recentemente ainda, e em ‘parceria’ com a Electronic Frontier Foundation, a gigante norte-americana parece ter adoptado uma posição lobbyista de forma a promover uma lei que poderá proibir as empresas que disponibilizam serviços Cloud Computing a escolas de utilizarem a informação de crianças em idade escolar para efeitos de publicidade ou outros propósitos comerciais, segundo o Wall Street Journal, que acrescenta ainda que esta lei está a ser moldada para atingir a Google no seu serviço de e-mail e processamento de texto via Internet, o que, como contrapartida, é uma ameaça crescente à rentabilidade do pacote de ferramentas Office da Microsoft.

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Isto levanta algumas questões, especialmente porque de acordo com Brad Reed do BGR, a Google não exibe publcidade nos seus serviços que sejam disponibilizados com propósitos educacionais, mesmo que os disponibilize gratuitamente. Em declarações ao Journal, um porta-voz da Google terá inclusive referido que os dados dos estudantes são utilizados para ‘afinar’ os filtros de SPAM e organização de e-mails para funcionalidades como a Caixa Prioritária.

Isto não significa que a Google vá alguma vez descartar estes dados para efeitos publicitários, e a própria empresa parece reconhecer isso, embora também tenha referido que tal medida não se encontra, pelo menos para já, prevista nos seus planos. Em causa está a faceta de ‘bom samaritano’ que a Microsoft parece estar a adoptar sem um motivo suficientemente claro como forma de convencer instituições de ensino de que a ferramenta gratuita da Google é maligna.

Como olham para este género de campanhas?