Fuga aos impostos travada pelos telemóveis
No entanto, esta medida é meramente profilática, já que no futuro poderá haver cruzamento de informação entre as bases de dados das operadoras e do governo paquistanês, de forma a poder saber-se quem, de facto, cumpre com as suas obrigações fiscais.
O critério de selecção para os prevaricadores foi extremamente simples de encontrar: no Paquistão existe um tecto salarial de 1.400 dólares anuais que permite, abaixo desse valor, estar isento de qualquer contribuição pública. Acontece que as finanças paquistaneses partem do princípio que qualquer cidadão que tenha um telemóvel ganha mais do que o limite inferior deliberado pelo Estado.
O universo de utilizadores de telemóvel no Paquistão, neste momento, está nos 500 mil clientes. Por esta razão, se as expectativas do governo de Islamabad, em «ganhar» 200 mil novos contribuintes, forem conseguidas, poderá dizer-se que a estratégia resultou em pleno.