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Fusão? Não, obrigado!

A proposta da Jazztel, de fusão entre os operadores privados de telecomunicações, gerou polémica.

As palavras de Martin Varsavski na Imprensa, na semana passada, parecem não ter sido muito bem aceites pelo sector de telecomunicações, designadamente os operadores de rede fixa. A ideia do responsável máximo da Jazztel é, no momento, estabelecer parcerias com tudo e todos, não só a nível nacional como ibérico. Para isso, conta já com a France Telecom como aliado, que, por sua vez, também tem uma forte participação na Novis e Optimus. Mas nem por isso o cenário em Portugal parece querer alterar-se para uma aliança estratégica de todos os operadores privados com a finalidade de combater a natural liderança da Portugal Telecom.

O primeiro a dar o sinal de discordância foi Pedro Norton de Matos, presidente da Oni, um dos operadores privados mais bem posicionados no mercado. Em jeito de reacção imediata à ideia avançada, Norton de Matos explicou que não está nos horizontes da Oni qualquer tipo de parceria com empresas nacionais do mesmo sector.

A Novis também já declarou querer continuar o seu percurso sozinha, apesar do seu presidente, Diogo da Silveira, ter sido um dos primeiros a falar em parcerias. Mas por quanto tempo mais aguentará a Sonae o investimento na Novis? O relatório de contas não revelou, propriamente, um sucesso de receitas o que levou, inclusive, a operadora a rever toda a sua estratégia de negócio.

Neste cenário de alguma dúvida, o único vencedor do impasse e desentendimento entre concorrentes é a Portugal Telecom.