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Galileo mantém-se para 2008

Apesar de algumas contrariedades no início do projecto, o lançamento comercial do sistema europeu de navegação por satélite Galileo mantém-se para 2008.

A Comissão sublinhou, em comunicado, que o futuro do projecto Galileo “não pode ser adiado pelos problemas com que a Agência Espacial Europeia (ESA) se debate actualmente”, aproveitando os responsáveis europeus para lamentar a ruptura das negociações no conselho da ESA.

Depois da decisão tomada, em Março do ano passado, pelos ministros europeus dos Transportes, “a Comissão quer arrancar rapidamente com o processo, o que permitirá respeitar os prazos, nomeadamente o lançamento comercial dos serviços Galileo em 2008”, garantiu a comissária europeia do pelouro, Loyola de Palacio. A Comissão mantém-se esperançada que a ESA desbloqueie nos próximos meses a sua contribuição financeira para o projecto, isto é, 550 milhões de euros durante os próximos cinco anos.

A comissária, apesar de considerar os atrasos da ESA “inquietantes”, assegurou que ainda não perturbam o bom andamento do projecto. As negociações com a ESA travaram em Dezembro de 2002, depois da Alemanha e da Itália se desentenderem sobre a importância que cabia a cada um dos países intervenientes. A proposta inicial dava a cada um destes quatro países – Alemanha, Itália, França, Reino Unido – 17,5 por cento, ficando o restante distribuído pelos outros países que integram a ESA, onde está incluído Portugal, que deverá contribuir com 6,5 milhões de euros entre 2002 e 2005.

Estes impasses no Galileo só beneficiam os norte-americanos, que nunca viram com bons olhos que a Europa tivesse o seu próprio sistema de comunicação por satélite. É que, apesar de ter inúmeras aplicações militares, o projecto Galileo é totalmente desenvolvido e supervisionado por civis, ao contrário do que acontece com o GPS norte-americano.