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Globalstar despede metade da força de trabalho

Dinheiro em caixa só dá para manter operações até ao final do ano.

O anúncio formal de falência por parte operador de comunicações móveis por satélite Globalstar parece cada vez mais inevitável. A companhia revelou esta semana deter activos líquidos no valor de apenas 98 milhões de dólares.

A manutenção em operação da rede e do serviço só estão, por conseguinte, assegurados até ao final deste ano. Se até lá a companhia não conseguir atrair novos investidores – hipótese algo remota se considerarmos, por exemplo, que as acções da companhia estão hoje cotadas a cerca de cinco porcento do seu valor original – o fim parece inevitável.

Apesar do número de subscritores estar a crescer a verdade é que, no final do mês de Junho deste ano, este continuava a cifrar-se apenas em 51 mil e seiscentos. Número ridículo comparativamente à escala de operações da empresa.

Para já foi anunciado o despedimento de metade do pessoal. Reduzia a apenas 175 pessoas a companhia espera continuar a conseguir a segurar a operacionalidade dos gateways e da rede de cerca de cinco dezenas de satélites.

Apesar de a esperança ainda não ter morrido e continuar a resevar-se o privilégio de ser a última a fazê-lo, parece hoje bastante claro que a Globalstar, empreendimento nascido em 1994 pela mão da Loral e da Qualcomm, está condenada a passar por um processo semelhante ao consórcio Iridium: falência, provável interrupção de operações e salvação in extremis por um terceiro que adquirirá a massa falida por tuta e meia e tentará relançar o negócio. Esperamos para ver.