Governo/Programa: Sociedade da Informação é aposta forte
«Lisboa, 29 Out (Lusa) – Nenhum aluno terminará a escolaridade obrigatória sem competências básicas em tecnologias de informação, promete-se no programa do XIV Governo Constitucional hoje entregue no parlamento. Na área da Ciência e Tecnologia, o segundo executivo de António Guterres pretende queimar etapas na modernização do país, atravessar a Sociedade da Informação e acabar com os infoexcluídos. Instituir o Fundo para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, combinando subsídios reembolsáveis e capital de risco, é outra das medidas concretas mencionadas no programa do governo, onde se promete uma aposta forte na Sociedade da Informação e do Conhecimento. Generalizar o uso da Internet e estimular a criação de condições que permitam a multiplicação por quatro do número de computadores ligados à mesma são também objectivos do novo governo, a par da vulgarização do correio electrónico. No campo do ensino, a ideia é generalizar a todas as escolas do primeiro ciclo o acesso à Internet. O executivo entende ainda que a Sociedade de Informação coloca ao alcance dos portugueses instrumentos tecnológicos que podem e devem ser postos ao serviço da afirmação do papel da língua e da cultura portuguesa à escala planetária. Uma das batalhas que o Governo quer travar é a da tentativa de multiplicar por mil os conteúdos portugueses na Internet. Aposta ainda no lançamento de um processo nacional de formação e certificação de competências básicas em tecnologias de informação e quer associar o diploma de competências básicas nesta área à conclusão da escolaridade obrigatória. No programa, antevê-se cada vez menos papel como suporte de informação na Administração Pública, com a generalização dos suportes digitais para comunicação e arquivo e a sua disponibilização através da Internet. No domínio do acesso electrónico à informação, promete um plano nacional contemplando o estímulo ao uso e regulação de redes de banda larga e anuncia o lançamento de um Programa de Investigação, Desenvolvimento e Demonstração no domínio do tratamento da língua portuguesa em computador. A criação de centros de valorização económica da Investigação científica e de “incubadoras” de empresas de jovens investigadores junto de instituições de ensino superior e laboratórios está também consagrada no documento.»