A margem EBITDA, não obstante, desceu um porcento para as 38 unidades, correspondentes a um valor de 1855 milhões de contos em 2001. Na apresentação dos resultados, hoje, em Lisboa, os responsáveis financeiros pela PT revelaram como grande objectivo para o ano em curso um aumento da sua eficiência e uma relação mais favorável entre EBITDA e Capex. «Vamos concentrar-nos em que o indicador EBITDA menos Capex continue a crescer acima da média, reduzindo o Capex em cerca de 15 a 20 porcento», explicou Zeinal Bava, director financeiro da empresa. Nesta linha, na mesma ocasião, Murteira Nabo explicou, a propósito da possibilidade da implementação de uma política de redução de pessoal na empresa que dirige que «ainda não temos qualquer plano mas estamos atentos». Depois de ter recordado que a PT detém um rácio de 418 empregados/linha, um dos melhores da Europa, a possibilidade de mais reduções de pessoal foi deixada em aberto. Outro tema candente, a alteração do modelo de administração da PT, muito requisitado por alguns investidores, foi igualmente comentada estando prevista a apresentação na próxima assembleia geral extraordinária da empresa, a decorrer em Abril, a discussão de um novo modelo – dito de «governance» – em linha com as empresas multinacionais de dimensão, que admita a participação na gestão de accionistas independentes bem como a criação de dois cargos paralelos: CEO e Chairman. Neste caso, Murteira Nabo, nomeado pelos seus pares e confirmado no cargo até Março do ano que vem, admitiu que, a ser aprovada, a nova estrutura deveria ser implementada imediatamente, manifestando ele próprio a apetência a passar para «chairman» do grupo português de telecomunicações.