O crescimento da Telefónica resfriou em função de um conjunto bem identificado de factores em que se incluem: a crise argentina (país em que a empresa tinha comprometidos cerca de 3.600 milhões de euros, averbando prejuízos de 369 milhões); a desvalorização das moedas sul-americanas em geral (incluindo o real brasileiro); o aumento da concorrência no mercado interno em consequência da liberalização operada. Acresce que os resultados da Telefónica em 2001 não beneficiaram como os de 2000 de encaixes extraordinários como foi o caso dos 3,907 milhões de euros da entrada em bolsa da Telefónica Moviles. Dos 31,052 milhões de euros de receita geral do grupo em 2001, um terço (10.220) foi gerado pela Telefónica de Espanha e praticamente outro tanto (10.137 milhões) pela Telefónica Latinoamérica. O lucro por acção da Telefónica caiu 29 porcento em 2001. Não obstante, a base global de clientes subiu 14,6 porcento para 73,2 milhões. O mercado latino-americano seria excelente, se ao menos não fosse tão instável, pensarão os administradores espanhóis.
