Grupo Vodafone apresenta resultados

A apresentação de resultados do grupo Vodafone, maior operador mundial das redes móveis, marca hoje a actualidade do sector das telecomunicações na Imprensa internacional.
O Financial Times destaca a perda de 8.45 biliões de libras na sucessão da depreciação de uma série de investimentos, contra-balançada pelo facto de a empresa ter revelado “uma imagem de crescimento robusto” e, perdas excepcionais à parte, ter superado as expectativas dos analistas com lucros antes de impostos na casa dos 3 biliões de libras, mais 65 porcento do que no período homólogo do ano anterior.
Já o The Times prefere dar a notícia pelo ângulo mais pessimista – “Vodafone vai eliminar empregos na Austrália” – reproduzindo declarações de responsáveis da companhia que desmentem o despedimento de metade da força de trabalho, composta por 2400 indivíduos, na Oceânia mas confirmando, ainda assim que o objectivo de encurtar no mesmo continente os custos em cinquenta porcento vai obrigar a um número indeterminado de dispensas. No Reino Unido a empresa já tinha anunciado este mês 600 despedimentos.
A inscrição de 6.7 biliões de libras de perdas excepcionais na contabilidade do primeiro semestre da Vodafone fica a sobretudo a dever-se aos seus investimentos na Arcor, operador de rede fixa na Alemanha (4 biliões); na Lusacell, companhia mexicana de redes móveis (450 milhões) e na China Mobile (300 milhões).
Com 95,6 milhões de subscritores, um aumento de 15 porcento face ao semestre anterior, a Vodafone aumentou os seus dividendos no primeiro semestre em cinco porcento por acção.