Antes de mais, não – o leitor não é (necessariamente) um psicopata por ter tirado aquela selfie durante o fim-de-semana.
[relacionadas_esquerda]O que o estudo pretendeu referir foi que os homens que partilham selfies frequentemente também tendem a exibir sinais de narcisismo e auto-objectificação, bem como psicopatia – uma desordem de personalidade caracterizada por comportamento anti-social.
Não é tão mau como o nome pode sugerir. Os investigadores responsáveis por este estudo analisaram 800 homens entre os 18 e os 40 anos e concluíram que os níveis de psicopatia, auto-objectificação e narcisismo estavam dentro de níveis razoáveis.
Níveis moderados destes traços de personalidade podem, inclusive, ser uma coisa positiva. O mesmo estudo nota que os homens que partilham mais selfies online também são notados pelos outros como sendo mais atraentes.
Traços como narcisismo e auto-objectificação também estão fortemente associados em homens que têm por hábito editar as suas selfies antes de as colocarem online.
Neste último ponto, admito já, desconheço quais são os critérios que servem para definir o que é uma edição – se aplicar um simples filtro do Instagram, por exemplo, é visto pelos investigadores como um exemplo de edição de imagem, ou se este processo deve ser necessariamente mais complexo do que isto.
« Não é surpreendente que os homens que postem muitas selfies e percam mais tempo a editá-las sejam mais narcisísticos, mas esta é a primeira vez que tal foi realmente confirmado num estudo », de acordo com Jesse Fox, principal autora do estudo e professora-assistente na Universidade do Estado de Ohio, EUA.
« A descoberta mais interessante é que eles também têm pontuação mais alta neste outro traço de personalidade anti-social, psicopatia, e estão mais sujeitos a auto-objectificação ».
