HTC One M9. Análise

O seu guia para o HTC One M9

 

*Veja as características técnicas do HTC One M9
*Equipamento cedido para testes pela Vodafone Portugal

 

HTC One M9 em resumo:

 

• Android 5.0 Lollipop
• Ecrã Full HD, 5 polegadas
• 3 GB de RAM, 32 GB de armazenamento
• Suporte p/ microSD até 128 GB
• Octa-core (Quad-core 1.5 + Quad-core 2 GHz)
• 20 MP + 4 Ultrapíxeis (frontal)
• 2840 mAh
• LTE
• NFC

 

HTC One M9. Preço

 

• HTC One M9 na Vodafone – €629,90
• HTC One M8 na HTC – €819,99

 

As primeiras coisas em primeiro lugar: o HTC One M9 chegou a Portugal em Abril de 2015 e custa, livre de operador, aproximadamente €850. Este é o seu valor oficial. Na Vodafone, que foi quem nos cedeu este HTC One M9 para testes, é possível aligeirar este valor para €629,90. Um preço que, ainda assim, é pouco convidativo.

Melhor é o negócio que a Vodafone disponibiliza para quem é membro do Clube Viva e tiver 5999 pontos para dispensar, já que reduz o preço do HTC One M9 para €463,50 – um valor que, embora permaneça elevado, se situa quase €400 abaixo do preço oficial deste telemóvel. E se a compra for feita online, é possível reduzir ainda €10 a este preço.

Vou agora supor que o leitor não tem 5999 pontos Vodafone (que, reconheço, dificilmente alguém terá). Se tiver um mínimo de 1999 pontos Vodafone, a oferta a membros do Clube Viva sobe para €508,50 – o que, se formos a ver, não é nada um mau negócio; são apenas 45 euros adicionais, mas com 4 mil pontos Vodafone de diferença. É mais facilmente atingível.

 

É claro que tem sempre à sua consideração a opção de comprar o HTC One M9 às prestações. Esta será, talvez, a opção mais acessível e também a que menos lhe irá pesar no bolso – desde que esteja disposto a pagar €22 por mês durante 25 meses (nota: a entrada inicial para efectivar este negócio são €111,90).

É claro que existem sempre outras vias de aquisição onde o HTC One M9 apresenta valores inferiores. Uma breve pesquisa pelo KuantoKusta revela, por exemplo, em que lojas é possível comprar um por valores inferiores a €500.

Também a Fnac disponbibiliza o HTC One M9 por valores que, face aos €800+ que a HTC pede no seu site, podem ser considerados acessíveis: a versão dourada/prateada deste telemóvel custa €576,46 de acordo com a listagem do site; já a edição cinzenta apresenta um valor ligeiramente superior, de €588,90.

 

Existem, portanto, várias opções a considerar na hora de comprar um HTC One M9. Mas este não é um telemóvel barato ou acessível.

Contudo, se compararmos o HTC One M9 a outras propostas de gamas equivalentes, os seus preços estão dentro da normalidade – com a benesse deste ser, talvez, uma das propostas mais elegantes, apelativas e melhor construídas do mercado.

 

HTC One M9. Análise

Imagem: Telemoveis.com

 

HTC One M9. Hardware

 

Bom, mas não impressionante

 

Para mim é difícil ficar verdadeiramente impressionado com o hardware de um telemóvel nos dias que correm, em particular nas gamas mais altas. Ao contrário do que poderá ditar o senso comum, é no segmento médio do mercado que eu creio estar a dar-se a maior progressão actual (por ser nesse segmento que eu acredito haver uma relação preço-qualidade mais proporcional e benéfica para o consumidor comum).

Isto não significa que o hardware do HTC One M9 não é fantástico. É, só que não se destaca necessariamente da concorrência, que tende a apostar em características semelhantes. Se eu tivesse que apontar as características mais notáveis deste telefone, diria que são:

 

• O seu ecrã resistente (Gorilla Glass 4)
• A sua câmara de 20 MP (capaz de filmar em 4K)
• Os seus 32 GB de armazenamento (se bem que há cada vez mais marcas a lançarem topos-de-gama com 32 GB de armazenamento-base)

 

Essencialmente creio serem estes os destaques mais surpreendentes do HTC One M9.

Antes que o leitor deixe de me levar a sério, recordo que o HTC One M9 é um telemóvel que custa mais de €800 – portanto vai ser difícil não ter expectativas já por si elevadas em relação a este telefone. Os três pontos que enumerei anteriormente foram aqueles que, honestamente, se situaram acima das minhas expectativas iniciais.

 

HTC One M9. Ecrã

 

Também correndo o risco de voltar a parecer louco, o facto do HTC One M9 ‘só’ ter um ecrã Full HD está muito longe de ser um problema para mim. Na verdade até é uma resolução mais elevada do que a resolução do mais recente iPhone 6S, por exemplo, além de que não creio que existam utilizadores capazes de tirar total proveito de uma resolução maior num ecrã destas dimensões.

Ainda dentro do tema ‘Ecrã do HTC One M9’: com 441 ppi, creio honestamente que é difícil notar quando a densidade de píxeis é superior a este valor (excepto, talvez, se for uma diferença muito expressiva, algo que ainda não se verifica em telemóveis recentes com 500+ ppi de densidade). Para todos os efeitos isto quer dizer que a densidade do ecrã do HTC One M9 já é muito boa para garantir uma excelente experiência de visualização (que de facto garante).

 

As medidas do ecrã já poderão ser uma questão mais subjectiva – a HTC tem modelos equiparáveis ao One M9 disponíveis por outras medidas, por exemplo, para quem não estiver satisfeito com as 5 polegadas de ecrã deste smartphone. 5 polegadas, no entanto, estão praticamente no limiar (nota: ok, talvez esse limiar seja, de facto, o das 5,5 polegadas) entre o manuseável e o imersivo.

É fantástico para navegar na web, para jogar e para ver filmes em alta definição, mas não exige obrigatoriamente que utilize o HTC One M9 com as duas mãos sempre que pretender interagir com ele. E aqui peço-lhe que acredite em mim quando lhe digo isto, já que estou habituado a usar diariamente um ‘phablet’ de 6 polegadas.

 

HTC One M9. Análise

Imagem: Telemoveis.com

 

HTC One M9. Memória

 

Já no campo do ‘fantástico, mas não surpreendente’ estão os 3 GB de RAM do HTC One M9, que lhe garantem um desempenho mais do que adequado (auxiliados por um processador octa-core e por um Android Lollipop optimizado para oferecer consumos mais inteligentes, bem como para tirar proveito destas características). E faço questão de sublinhar ‘mais do que adequado’, pois existem no mercado propostas com 4 GB de RAM que custam praticamente menos de metade do preço do HTC One M9.

Quanto aos 32 GB de armazenamento-base do HTC One M9, creio que era o mínimo que a HTC poderia oferecer aos consumidores que optarem por adquirir o seu topo-de-gama. É uma quantidade de armazenamento que acredito estar a tornar-se rapidamente no novo standard da indústria (até porque os sistemas operativos e respectivas personalizações começam a roubar cada vez mais espaço nos telefones), mas que à partida oferece opções suficientes para não ter de se preocupar logo em adquirir um cartão microSD (que aqui são suportados até 128 GB).

Excepto, claro, se a sua principal utilização do HTC One M9 for gravar vídeos em formato 4K. O que me lembra que ainda não disse ao leitor, mas a câmara do HTC One M9 é simplesmente fantástica. Com 20 MP, tanto em termos de qualidade fotográfica como na qualidade dos vídeos a câmara do HTC One M9 não desaponta.

 

HTC One M9. Câmara digital

 

Mesmo em condições de baixa luminosidade a câmara do HTC One M9 oferece um excelente desempenho.

 

 

HTC One M9 (Full HD, 60fps)

 

Posted by Telemoveis.com on Terça-feira, 20 de Outubro de 2015

 

HTC One M9. Análise

HTC One M9. Análise

HTC One M9. Análise

Imagens: Telemoveis.com

 

Quanto aos vídeos, o HTC One M9 consegue filmar a 4K (30 frames por segundo), mas também em Full HD a 60 frames por segundo. A questão dos 60 frames é importante, porque é isto que garante uma maior fluidez às imagens captadas. Ou seja: os vídeos em alta definição captados pelo HTC One M9, além de oferecerem uma excelente qualidade de imagem, são também fluidos (peço-lhe que note a fluidez dos movimentos da câmara e me diga se não lhe parecem muito mais naturais).

A questão dos vídeos (e das fotografias também) é beneficiada pela lente da câmara, que consegue captar (ou cortar) luz de uma forma rápida e responsiva. O resultado são fotografias com contrastes fantásticos e pouco ruído na imagem, como pode ver nas imagens mais acima. Comparativamente aos seus antecessores, houve um claro empenho por parte da HTC em oferecer uma experiência de câmara superior.

 

Além dos 20 MP, a câmara frontal do HTC One M9 (4 MP, ou Ultrapíxeis) também é capaz de filmar em Full HD e tirar fotografias em modo HDR. Até aqui nada de impressionante, já que esta é a abordagem convencional – ainda que ponderada, no caso da HTC – à nova moda das ‘selfies’. Creio ter sido uma boa escolha por parte da empresa, já que revela ter existido alguma ponderação e bom senso na hora de definir as características da câmara frontal (além disso: serão realmente precisos mais do que 4/5 MP para tirar selfies e partilhar fotografias nas redes sociais?).

Por último, destaca-se também o software que a empresa desenvolveu a pensar na câmara digital. Aqui deixarei ser a HTC a falar por mim, já que a empresa descreve com alguma brevidade as principais características do HTC Eye Experience: « permite criar capturas divididas, gravar auto-retratos com voz e aplicar maquilhagem ao vivo, entre outros. Além disso, com a aplicação Zoe, pode combinar os seus vídeos e fotografias com os seus amigos para obter imagens de várias perspectivas ». Funcionalidades giras, mas atrevo-me a dizer não-essenciais.

 

HTC One M9. Bateria

 

A bateria do HTC One M9 tem 2840 mAh e é não amovível. Até aqui nada de impressionante (pelo contrário, está muito em voga com as novas tendências), mas devo assinalar que o HTC One foi um dos primeiros telemóveis (que eu tenha conhecido) a incluir a nova funcionalidade de carregamentos rápidos de bateria. No caso deste telemóvel estamos a falar de 30 minutos para conseguir uma autonomia de bateria de 60%. Uma funcionalidade que é sempre bem-vinda.

 

HTC One M9. Conclusões

 

Não estarei a exagerar quando disser que o HTC One M9 é, actualmente, o telemóvel com o melhor design do mercado. A verdade é que é, e foi este design da HTC que serviu de inspiração para catapultar a Huawei para o sucesso (o que colocou a HTC numa posição algo ingrata, embora o reconhecimento também deva ir para a Huawei por ter sabido gerir esta oportunidade).

O design do HTC One M9 não vem inovar muito se o compararmos aos seus antecessores, mas basta colocar este telefone lado a lado com outras propostas da concorrência para percebermos que a HTC acertou, de facto, nesta fórmula – e que motivos teria a empresa para alterar uma fórmula de sucesso?

O resultado é toda uma peça única em metal, leve e manuseável, mas também resistente. Além do aspecto metálico – o HTC One M9 é, na minha opinião, a verdadeira definição de ‘premium’ -, temos também de considerar a componente ergonómica do HTC One M9. O telefone apresenta aquilo que a HTC descreve como sendo uma « subtil curvatura circular » que é adaptável tanto à mão como ao bolso dos utilizadores.

Não sei até que ponto também será possível melhorar esta fórmula, mas deixo esta responsabilidade para o departamento de design da HTC.