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HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

HTC One S, review ao novo smartphone Android ICS da HTC. HTC One S optimiza experiência de música e fotográfica no telemóvel.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

O HTC One S foi apresentado recentemente em Portugal juntamente com outros dois smartphones da série One, o HTC One X e o HTC One V. Tal como os seus irmãos, o HTC One S baseia-se no conceito de que um smartphone já não serve apenas para enviar SMS’s e fazer chamadas. Pelo contrário, os smartphones hoje em dia assumem cada vez mais protagonismo nas nossas vidas, participando em todos os nossos momentos – e foi a pensar nisto que a HTC nos trouxe a série One.

Mais do que acesso à Internet e aos e-mails, os smartphones servem-nos muitas vezes como leitores de música portáteis, substituindo na maioria dos casos os leitores de MP3 e os rádios portáteis. Por outro lado também se tornaram em autênticas câmaras digitais que servem para registarmos os momentos mais marcantes das nossas vidas, que mais tarde iremos querer recordar e partilhar com os nossos amigos.

Foi com especial enfoque nas experiências que descrevemos anteriormente que a HTC resolveu produzir a série One, direccionada essencialmente para utilizadores que utilizem o smartphone para mais do que uma tarefa.

Acessórios do HTC One S

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

O HTC One S não veio especialmente munido de acessórios extra e resumiu-se ao essencial. Um cabo microUSB para transferência de dados entre o PC e o smartphone, além de um carregador compatível e adaptado para USB. Os headphones, esses sim, serão talvez o acessório merecedor de maior destaque – foram produzidos pela Beats Audio e estão totalmente integrados na experiência de utilização do HTC One S.

Design do HTC One S

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

O HTC One S mantém a imagem de marca da HTC, embora com alguns destaques que o façam sobressair dos restantes smartphones da fabricante. Estamos essencialmente perante uma barra com cantos arredondados e com uma impressionante espessura de 7,8 mm, o que faz deste um dos smartphones mais finos disponíveis actualmente no mercado.

Na parte frontal, composta por um ecrã Super AMOLED de 4.3 polegadas, encontramos o logotipo da HTC logo por cima do ecrã, com três botões touch localizados na parte inferior – Retorno, Menú Inicial e Gestor de Aplicações. Apesar de ser um Android 4.0, a HTC optou por não incluir os botões de navegação na própria interface do smartphone, o que na nossa opinião foi uma jogada bastante inteligente – pela nossa experiência de utilização, a presença “quase física” dos botões touch simplifica, e muito, a navegação por entre os menús do HTC One S.

A versão do HTC One S que testámos é preta, e as costas do smartphone – que é praticamente uma peça única – exibem uma câmara digital de 8 MP, o logotipo da HTC e o logotipo da Beats Audio, tecnologia que está presente neste smartphone.

O resto do smartphone é composto pelos botões físicos de volume, no lado direito do HTC One S, pela entrada microUSB no lado esquerdo, uma entrada para auscultadores (3,5 mm) na parte superior do telemóvel e ainda pelo botão ligar/desligar/bloquear, também na parte de cima.

A nossa opinião ? O HTC One S é um smartphone lindíssimo. Consegue manter aquele look tipicamente HTC e acrescentar-lhe um twist, que não conseguimos perceber exactamente qual é mas que sentimos estar presente. Acrescentamos o facto de que o HTC One S é extremamente leve, mesmo apesar do seu tamanho, e permite uma utilização super confortável.

Interface e Funcionalidades do HTC One S

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

O HTC One S vem equipado com Android 4.0.3 Ice Cream Sandwich e integra a mais recente versão da interface personalizada da HTC, o HTC Sense 4.0. E por algum motivo a interface da HTC é tão popular dentro do meio. O ecrã inicial do HTC One S vem já equipado com os típicos widgets que nos informam das horas e das condições atmosféricas do local onde nos encontramos.

Nele temos quatro atalhos permanentes que nos remetem para as principais funcionalidades do smartphone, pois ao fim ao cabo ainda continuamos perante um telefone: telefone, que nos remete para um teclado virtual e para as nossas listas de contactos, E-mail, Menú, SMS’s e câmara digital.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

A navegação no menú das aplicações é feita em modo horizontal e a HTC também se certificou de que a procura por determinadas aplicações é facilitada para o utilizador, tendo dividido o menú em três áreas distintas: uma onde são exibidas todas as aplicações que temos instaladas no HTC One S, outra que só mostra as aplicações a que mais acedemos e uma outra que mostra todas as aplicações que transferimos da loja Google Play (anteriormente conhecida por Android Market)

O HTC One S inclui de origem várias aplicações pré-instaladas que nos chamaram a atenção, mas que não nos deveriam ter surpreendido tanto, já que a HTC sublinha a forte componente multimédia deste smartphone, especialmente no que diz respeito à experiência musical – é o caso da aplicação SoundHound, que nos permite identificar uma música que esteja a tocar na altura e nos revela todas as informações a seu respeito, inclusive onde podemos comprá-la online, ou da integração do Dropbox no HTC One S – a HTC referiu, durante a apresentação da série One em Portugal, que realizou uma parceria com o serviço Dropbox para disponibilizar gratuitamente até 25 GB’s de armazenamento na Cloud. Sem dúvida uma oferta diferenciadora e apelativa.

Internet e Conectividade no HTC One S

Quando navegamos na Internet sem ser num PC, quanto maior for o ecrã mais agradável se torna a experiência. O ecrã do HTC é um qHD de 4.3 polegadas e, apesar de não ser o maior ecrã no mercado, já apresenta tamanho suficiente para nos proporcionar uma agradável experiência Web. A navegação foi feita através do browser nativo no HTC One S e recorremos quase sempre à conectividade Wi-Fi disponível.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

O HTC One S carrega os websites de uma forma relativamente rápida se estiver nas condições ideais. Quando abrimos um website e o podemos ver na íntegra, ao fazermos pinch-to-zoom o browser do HTC One S adapta o texto ao ecrã, mantendo as fontes definidas e o texto on screen. Embora estranhemos esta funcionalidade acabamos por nos aperceber do quão útil é, especialmente por nos fazer evitar ler longas filas de palavras que possam sair para fora do ecrã, obrigando-nos constantemente a acompanhar o texto com o dedo. Isto em modo vertical.

O modo panorâmico será talvez o melhor modo para navegarmos na Web. Não só “alarga” os websites e os adapta melhor ao ecrã, como o texto fica ligeiramente melhor definido e nos permite lê-lo sem grande necessidade de fazermos pinch-to-zoom. No entanto, e tal como referimos anteriormente, ao fazermos Zoom numa página da Web o texto irá adaptar-se sempre ao ecrã, facilitando a sua leitura.

O mesmo não acontece em websites carregadíssimos de conteúdos Flash, em que a navegação se pode tornar mais trabalhosa e incómoda, embora dentro do standard habitual da experiência de navegação em smartphones. Apontamos, no entanto, que mesmo estes websites carregaram de forma rápida no HTC One S. Outros smartphones nas mesmas condições, e com a mesma ligação, levaram mais tempo a carregar este género de conteúdos.

Outras opções de conectividade no HTC One S incluem Bluetooth, suporte 3G (o HTC One S não é compatível com 4G LTE) e uma entrada microUSB, para transferência de dados entre o computador e o smartphone. Infelizmente o HTC One S não suporta cartões microSD, o que nos parece uma opção algo impensável por parte da HTC. Apesar dos 9,93 GB disponíveis, a possibilidade de expandirmos a memória deste smartphone seria muito bem-vinda.

O HTC One S também só suporta cartões microSIM, uma tendência que cada vez mais parece estar a ganhar presença em smartphones de gamas elevadas.

Câmara e Multimédia do HTC One S

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

E chegamos a um dos aspectos fundamentais no HTC One S e em toda a série HTC One, por assim dizer: a câmara digital e a experiência multimédia. Não querendo correr o risco de nos repetirmos, relembramos apenas que um dos enfoques da série One da HTC passa pela experiência de utilização multimédia e pela câmara digital.

O HTC One S vem equipado com uma câmara de 8 MP, com uma elevada resolução de 3264×2448, autofocagem e flash LED. E se estas especificações agradam, a qualidade das fotografias impressiona. Já tivemos experiências algo desagradáveis com fotografias que parecem ser fantásticas no ecrã do smartphone, mas que se revelam desastrosas ao serem contempladas num computador. Especialmente em ambientes escuros, onde o ruído da imagem sobressai especialmente nos ecrãs dos computadores.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

Apesar do HTC One S não ser um smartphone perfeito, as fotografias apresentam imensa qualidade – cores vivas, contrastes suaves e imagens definidas. E aqui será caso para dizer que “é necessário ver”. Disponibilizaremos brevemente alguns dos samples que captámos ao longo da nossa utilização do HTC One S.

O HTC One S permite igualmente filmar em alta definição (1080p, Full HD) e os vídeos seguem uma via semelhante, embora aqui seja mais difícil ficarmos surpreendidos – não deixa de ser uma câmara de um smartphone, ao fim ao cabo.

Um dos aspectos mais positivos na nossa experiência de utilização do HTC One S passou definitivamente pela interface da câmara digital do HTC One S: a HTC sublinhou a importância que esta experiência tem para os actuais utilizadores de smartphones e os resultados, pelo que  pudemos comprovar, demonstram que houve um grande cuidado por parte da HTC em simplificar esta experiência.

A interface da câmara é das mais simples com que nos deparámos. E quando referimos simplicidade, falamos igualmente de intuição. A HTC parece ter pensado em tornar esta experiência algo única e mais próxima dos utilizadores, mesmo que tenha sido por um mero factor de diferenciação, com resultados à vista: no canto superior direito temos um botão que nos permite seleccionar de imediato vários modos de captação; logo debaixo está um botão que nos permite captar uma imagem parada, ou fotografia, enquanto que o botão para iniciar uma filmagem está localizado abaixo deste, por cima do atalho para a galeria de imagens. O interessante aqui é que não temos duas interfaces distintas, mas uma só: podemos filmar e fotografar em simultâneo.

Apesar de provavelmente não ser uma necessidade para muitos utilizadores, a subtileza com que descobrimos estes aspectos falou por si – é útil, é agradável e não prejudica em nada a experiência do HTC One S.

Quanto à componente multimédia, temos que ser honestos: não recorremos ao HTC One S para ver vídeos sem ser no Youtube, pelo que tivemos maior curiosidade em explorar os leitores de música do smartphone – que, relembramos, vem equipado com tecnologia Beats Audio. Talvez aqui nos tenhamos desiludido um pouco, não por a experiência ser má mas por termos criado expectativas tão elevadas que não se cumpriram. Ouvir música no HTC One S é uma experiência muito agradável, mas não é a melhor que já tivemos – essa irá pertencer ao Nokia N9.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

Contudo também aqui a HTC demonstrou cuidado, e adquirir um HTC One S pela sua componente multimédia e pela sua experiência enquanto câmara fotográfica não irá, certamente, desiludir os seus utilizadores. A interface do leitor de música também é simples, intuitiva e agradável esteticamente: essencialmente consiste no artwork e no leitor de áudio. Uma interface bastante clean, mas com alguns elementos adicionais bastante úteis, como é o caso da aplicação Soundhound.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

Performance do HTC One S

 O HTC One S vem equipado com um processador dual core de 1.5 GHz, o que à partida lhe garante uma óptima performance. E é um facto que durante a nossa experiência de utilização toda a navegação pela interface do HTC One S se revelou fluida, sem quaisquer crashes ou arrastamentos, independentemente de termos várias aplicações a correr no background.

Este será sem dúvida um smartphone adequado ao público-alvo que a HTC se propôs a atingir: consumidores de multimédia. A visualização de filmes em alta definição simplesmente flui, sem qualquer espécie de lag que tivéssemos captado ao longo da nossa experiência. E mesmo em situações que envolvessem várias aplicações a correr em simultâneo, a performance do HTC One S manteve-se sempre sem constrangimentos.

A autonomia da bateria também nos impressionou pela positiva: com uma utilização intensiva, conseguimos sempre aguentar o HTC One S por mais de um dia, embora nos tenhamos deparado com algumas queixas de utilizadores neste aspecto. Mas vamos ser honestos: a nossa utilização intensiva baseou-se sobretudo no consumo de música, na utilização de algumas aplicações e numa – também intensiva – utilização da excelente câmara de 8 MP que integra este smartphone.

Faz-nos pensar até que ponto será mesmo necessário um smartphone ter que recorrer a processadores quad-core para desempenhar as suas funções.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTCConclusões sobre o HTC One S

Embora o HTC One S não seja o topo-de-gama da HTC – esse lugar está reservado ao HTC One X -, não temos quaisquer dúvidas de que este smartphone cumpre aquilo a que se propõe. É um facto que o seu preço não será o mais apelativo – desbloqueado, está disponível por 600 euros -, mas comparativamente a muitos outros smartphones da concorrência, dá-nos a impressão de que estamos perante o the one smartphone.

E porquê ? Bem, na nossa opinião, pela experiência que proporciona. O HTC One S parece-nos ser aquele smartphone ideal para o nosso dia-a-dia, mas que não se limita a ocupar o espaço dentro do nosso bolso – antes, entranha-se no nosso quotidiano e passa a fazer, também ele, parte das nossas vidas. E foi isso que nos aconteceu ao longo da sua utilização.

O ecrã, embora não seja o melhor do mercado, permite-nos usufruir de uma boa experiência Web e de conteúdos multimédia, tais como vídeos em alta definição ou Flash. Mas não é para isso que a HTC nos quer chamar a atenção com a sua série One.

A experiência que o HTC One S nos proporciona enquanto ouvimos música, por exemplo, é um factor suficientemente diferenciador para nos fazer esquecer de que existem outros leitores de áudio disponíveis no mercado. Também a simplicidade com que navegamos pelo smartphone, além da fluidez da sua navegação, contribuem para uma certa familiaridade que acabamos por ganhar à medida que o utilizamos.

E está estatisticamente comprovado que o número de fotografias partilhadas nas redes sociais, da nossa parte, aumentou exponencialmente desde que tivemos o prazer de começar a testar o HTC One S. Não só pela forma simplificada como o podemos fazer, mas também por todo o cuidado que a HTC teve nestes aspectos.

Ficámos com a curiosidade aguçada para experimentarmos, no futuro, o HTC One X, o topo-de-gama da série One da HTC, equipado com um processador quad-core. O que os liga a todos, e isto inclui o HTC One V, de gama média, são estes aspectos da experiência de utilização – a HTC demonstrou com o HTC One S que um smartphone não é exclusivamente um acessório, nem exclusivamente hardware. É também a experiência que temos com ele, e a forma como acabamos por integrá-la no nosso quotidiano.

HTC One S, review ao novo Android ICS da HTC

Classificação do HTC One S

Acessórios: 8,22

Design: 8,85

Interface e Funcionalidades: 8,83

Câmara e Multimédia: 9,18

Internet e Conectividade: 7,25

Performance: 8,50

Extras: 7,90

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CLASSIFICAÇÃO FINAL: 8,39