Huawei Ascend G510 em análise (vídeo)

O Huawei Ascend G510 é como se fosse o primo problemático do Huawei Ascend W1. Saiba porquê!

 

O Huawei Ascend G510 é o equivalente Android Jelly Bean ao seu “primo” Windows Phone, o Ascend W1, o que significa que ambos os smartphones apresentam especificações técnicas relativamente semelhantes e concorrem em categorias de preço idênticas. A experiência de utilização de ambos, contudo, é bastante diferente – e o motivo está na plataforma em que operam.

 

O Huawei Ascend G510 pode ser adquirido desbloqueado por €229, ao passo que bloqueado para operador encontra-se disponível por €139 – valores bastante comparáveis ao do Ascend W1.

Design

Ao contrário do Ascend W1, é-nos possível tirar a pinta ao Huawei Ascend G510 só de olhar para ele e por pegar nele pela primeira vez. O design é algo convencional para um Android de média gama, mas apresenta definitivamente a vantagem de ter um ecrã de 4.5 polegadas – gigante para a categoria em que concorre – com uma resolução 480 x 854.

Embora a sua construção seja à base de plástico, o G510 é ainda assim um smartphone relativamente pesado (150g), o que a seu favor lhe confere uma sensação de robustez e durabilidade. A sua presença dentro do bolso, contudo, dificilmente passa despercebida.

Huawei Ascend G510 em análise (vídeo)

Funcionalidades e Performance

Um aspecto interessante na interface Android do Ascend G510 está na sua relativa semelhança estrutural ao iOS: continua a ser o Android que todos conhecemos, mas sem as camadas que o caracterizam. Isto deve-se ao facto de a Huawei ter optado por incluir o menú de aplicações no ecrã principal do smartphone, o que resulta numa experiência de utilização bem mais simples e intuitiva do que noutros modelos.

Para um aparelho só com 512 MB de RAM, a fluidez com que podemos navegar pela sua interface é relativamente elevada, mas encontra-se sujeita a uma variedade enorme de problemas técnicos que não sabemos se são do Android, da Huawei ou até mesmo se tivemos azar com o equipamento recebido. Passemos a enumerar:

Quando ligamos o auricular ao telemóvel e o volume do mesmo se encontra no máximo, por exemplo, recebemos um alerta – o que é fantástico, não fosse o mesmo repetir-se a cada 5 minutos até nos obrigar a reiniciar o telefone. Quando recebemos chamadas de voz também detectámos problemas como o deixar de ouvir subitamente a outra pessoa.

Huawei Ascend G510 em análise (vídeo)

Nem o relatório de erros da Huawei funcionou como deveria – além de gostar de aparecer quando lhe apetece, de forma aleatória, por vezes só o conseguíamos mandar embora desligando o ecrã e voltando a ligar.

Mas nem tudo é mau: enviar SMS é uma experiência relativamente agradável e o teclado da Huawei é até dos melhores que já tivemos oportunidade de usar neste segmento, embora por vezes o smartphone arruinasse a experiência voltando a fazer das suas: por vezes recebemos novas mensagens de um mesmo contacto, que na caixa de entrada nos surgia como um número desconhecido e lançava a confusão geral.

Em termos de funcionalidades e opções, o Huawei Ascend G510 apresenta-se de facto como uma proposta interessante – por €139, se o adquirirmos bloqueado para operador, torna-se possível levarmos para casa um smartphone com NFC e capaz de gravar vídeos em HD (720). Só que há outros aspectos que se tornam incrivelmente difíceis de ignorar por prejudicarem a sua performance.

Huawei Ascend G510 em análise (vídeo)

Os 512 MB de RAM deste smartphone são um deles. Enquanto que no Ascend W1 isto não constitui um problema, pois o Windows Phone 8 é um sistema operativo leve e oferece uma performance quase impossível de distinguir de um equipamento de gama alta, o mesmo não ocorre com o Android 4.1 Jelly Bean. Além de não correr qualquer aplicação, quando consegue correr alguma das duas uma: ou bloqueia inesperadamente, caso receba alguma notificação das redes sociais ou inclusive uma chamada, ou bloqueia o funcionamento de outra aplicação que esteja a correr no background, resultando numa performance arrastada.

Os 512 MB de RAM acabam por inutilizar o processador dual-core de 1.2 GHz deste smartphone, e o resultado são consumos de energia exageradíssimos, também por causa do bom ecrã, o que resulta em uma autonomia de poucas horas e nos obriga a carregá-lo diariamente. Este é um problema que poderia ter sido resolvido com pelo menos 1 GB de RAM, o que teria encarecido em apenas 10 dólares a produção deste smartphone, segundo a Findchips.com.

Huawei Ascend G510 em análise (vídeo)

Conclusão

O Huawei Ascend G510 oferece, de facto, um ecrã com um bom tamanho para a sua categoria, além de ser um aparelho robusto e relativamente resistente. O facto de nos oferecer NFC e gravação de vídeos em HD, sem esquecer uma câmara com boa qualidade de imagem dentro de das condições ideais de iluminação, fazem dele uma proposta interessante por €139.

Os seus problemas técnicos, contudo, prejudicam aquilo que, de outra forma, poderia ter sido uma experiência incrivelmente superior. 512 MB num smartphone Android com um processador dual-core são um desperdício que prejudica gravemente a sua performance e, por conseguinte, experiência de utilização.