Huawei Ascend Mate: smartphone ou tablet? Eis a questão! Com 6.1 polegadas de tamanho, as dúvidas em relação a esta questão são mais do que muitas
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O Huawei Ascend Mate é um phablet de 6.1 polegadas que alia um bom ecrã IPS com resolução HD a boas especificações técnicas e a preços competitivos para o segmento de mercado em que compete: embora seja possível encontrar este gigante por preços que rondam os €365, em cadeias de retalho populares como a Fnac o Ascend Mate está disponível por €500.
Design do Huawei Ascend Mate
É grande, ainda maior que o Galaxy S4 ou o Samsung Galaxy Note 3. Em termos de construção, contudo, consegue ser bastante elegante para um aparelho do seu tamanho, e apresenta uma boa qualidade de construção. De facto, e talvez excepcionalmente, o facto das costas serem de plástico num aparelho acima das 6 polegadas muito provavelmente só o vem favorecer, já que materiais mais rígidos talvez pudessem influenciar ainda mais o seu peso. No topo do Ascend Mate, e à semelhante de diversos dispositivos de gamas elevadas, podemos encontrar umaentrada para cartões SIM robusta, que requer uma pequena chave para abrir. Ao seu lado encontramos um slot para cartões microSD, com suporte para expansão de memória até 32 GB. O ecrã, um gigante de 6.1 polegadas, é resistente e o vidro é à base de Gorilla Glass.
Há um elemento capaz de nos desiludir um pouco, ainda que tendo em conta o total de especificações técnicas associadas ao seu relativo baixo preço, nos impede de realmente termos razão de queixa: a resolução do seu ecrã, que é HD (1280 x 720), não é tão elevada quanto isso, ou pelo menos apresenta uma densidade de píxeis meramente razoável. Continua a ser boa o suficiente para garantir uma boa experiência de navegação e consumo de conteúdos multimédia em HD.
Software e Hardware
O Huawei Ascend Mate corre Android 4.1 e é actualizável para 4.2, sendo ambas versões bastante aceitáveis do sistema operativo. Em relação à interface de utilizador, e à semelhança da interface do Ascend G510, a Emotion UI resume-se a simplicidade e, talvez, faça recordar o iOS em termos de estrutura e simplicidade. Um aspecto bastante agradável em relação à UI do Ascend Mate é que revela o cuidado – e a consciência – que a Huawei teve ao conceber um ecrã tão grande, o que levou a empresa a adaptar algumas funcionalidades para permitir a sua execução com apenas uma mão. O teclado, por exemplo, é capaz de apresentar um tamanho reduzido para eliminar a necessidade de usar mais que uma mão. Ainda assim o tamanho excepcional deste dispositivo nem sempre abona a seu favor.
Em termos de hardware estamos perante uma máquina muito interessante: o processador é de 1.5 GHz quad-core (Cortex A9), apresenta 2 GB de RAM, 5 GB de espaço de armazenamento que podem ser prolongados via expansão de memória (microSD) e bateria de 4050 mAh. A performance e os consumos de bateria foram relativamente razoáveis.
Em termos de câmara digital, o Ascend Mate inclui 8 MP com autofocagem e flash, além de várias opções de imagem e uma boa gama de opções à disposição do utilizador. A qualidade de imagem, por outro lado, é mais suave do que repleta de contrastes, e apesar de haver quem aprecie imagens assim, nós achámos que poderia ter sido melhor. Isto significa que, em condições de pouca luminosidade ou de muito movimento, a performance da câmara poderá deixar algo a desejar. Estes aspectos notam-se especialmente depois de passarmos as fotografias para o computador. A câmara frontal é de 1 MP e permite gravar imagens em alta definição (720p).
Conclusões sobre o Huawei Ascend Mate
Dentro da categoria em que compete, e especialmente tendo em conta a sua relação preço-qualidade, o Huawei Ascend Mate é um bom aparelho. O ecrã gigante de 6.1 polegadas não apresenta a resolução mais alta do mercado, mas já permite usufruir de uma experiência em alta definição; vem equipado com um processador quad-core e sabe realizar consumos de energia inteligentes, o que significa que só activa os seus quatro núcleos quando realmente necessita deles; nele podemos correr tanto aplicações de smartphone como de tablet, embora nesta segunda categoria a sua formatação se apresente por vezes grosseira.
Um aspecto desconfortável deste phablet, além do seu gigantismo, é o facto de por vezes sobreaquecer demasiado. Isto torna-se particularmente incómodo se recebermos uma chamada entretanto: além da habituação de que necessitamos para podermos sincronizar o ouvido com o auscultador, o aquecimento em excesso torna-se simplesmente desconfortável. O seu tamanho também corre o risco de chamar sobre nós algumas atenções desnecessárias, por vezes humorísticas.
No geral, contudo, consegue associar óptimas especificações técnicas a um preço bastante competitivo. Ficámos bastante satisfeitos com este aparelho e recomendamo-lo para os apreciadores de ecrãs gigantes que passem muito tempo a navegar na Web ou a consumir multimédia enquanto se deslocam.