Huawei expande em Portugal
- Pedro Matos Trigo
- 10/04/2006
- Huawei, Internet, Mobile, Tecnologia
O vice-presidente da Huawei para o desenvolvimento internacional, em entrevista à Agência Lusa, disse que o objectivo da empresa é «localizar cada vez mais» as operações em Portugal e afirmou que a empresa vai criar um centro de treinos até ao final do ano.
«Portugal é um mercado muito importante para o nosso negócio na Europa e temos, por isso, planos para expandir as nossas operações», afirmou Hu, adiantando que «esta expansão pode significar uma aumento do número de empregados dos actuais 80 para os 100 até ao fim de 2006, com os novos quadros a serem contratados no mercado local». Do total dos actuais trabalhadores, 60 são contratados em Portugal, segundo Hu, que adiantou que a estratégia para Portugal da empresa baseada em Shenzhen, cidade do sul da China na fronteira com Hong Kong, passa pela expansão do negócio das redes sem fios, da banda larga e das redes ópticas, privilegiando os sectores de marketing e vendas e dos serviços pós-venda.
«É por isso que estabelecemos já em Lisboa o nosso centro de serviços e vamos criar, no segundo semestre deste ano, o nosso centro de treinos, que ficará provavelmente também em Lisboa», disse Hu, que adiantou que a facturação da Huawei em Portugal foi de 8,27 milhões de euros (10 milhões de dólares americanos).
«O negócio em Portugal corre bem. Cooperamos com diversos parceiros, como a Optimus e a Novis [ambas com maioria de capital da Sonaecom] e diversos operadores entraram já em contacto com a Huawei para o estabelecimento de redes CDMA em Portugal», acrescentou.
Johnson Hu referiu ainda que a expansão em Portugal passará pela relação com a Optimus, que, em Janeiro, atribuiu à empresa chinesa o estabelecimento na Madeira, nos Açores e em grande parte de Portugal continental da rede móvel HSDPA, um serviço de alta velocidade que funciona em redes CDMA de banda larga e permite a transmissão muito mais rápida de dados em redes de telemóveis de terceira geração.
A Huawei registou um aumento do volume de vendas global de 40% em 2005, em comparação com 2004, com uma facturação de 6,8 mil milhões de euros.
As vendas no mercado internacional atingiram 4,9 mil milhões de euros em 2005, ultrapassando pela primeira vez as vendas no mercado doméstico.