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Huawei P8. Análise

Apresentamos hoje o nosso parecer relativamente ao mais recente topo de gama da Huawei, o modelo P8!

As vendas e percentagem de quota de mercado evidenciada pela Huawei além-fronteiras, constitui um dos principais alicerces nos quais a fabricante chinesa se pode apoiar para poder afirmar pertencer a um pequeno leque de marcas cujo caminho no segmento mobile tem, claramente, vindo a ser trilhado com enorme sucesso.

É na linha de dispositivos pertencentes a gamas mais altas que a Huawei tem vindo a receber maior destaque, particularmente a partir do lançamento do primeiro modelo pertencente à linha “Ascend P”, o Ascend P6, que se revelou um autêntico “hit” de vendas num curto espaço de tempo, tendo o seu sucessor alcançado semelhante visibilidade.

Desta forma e após apresentado o Huawei P8, o mais recente topo de gama da empresa sediada na cidade chinesa de Shenzhen, apresentamo-vos as nossas ilações acerca deste equipamento que pretende afirmar um novo standard no sector mobile da fabricante asiática.


ECRÃ, DESIGN E ERGONOMIA

O Huawei P8 vem equipado com um ecrã na ordem das 5.2” polegadas, dimensão mais do que suficiente para a obtenção de uma excelente experiência em termos de consumo de conteúdo multimédia. Mas como se diz, e bem, quantidade não é qualidade, e é aqui que entram as principais características do ecrã.

A tela do Huawei P8 tem uma excelente qualidade de imagem com resolução em Full HD (1080 x 1920p) e uma densidade de píxeis na ordem dos 424 ppi. O vidro que protege o ecrã pretende-se como ultra resistente e, desta forma, vem equipado com a terceira edição de protecções de ecrã da conhecida empresa Corning, a Gorilla Glass 3.

Quanto ao design e ergonomia, o modelo apresenta um corpo único totalmente fabricado à base de alumínio, sendo o primeiro equipamento da linha a ser produzido de tal modo. A sensação ao pegar e utilizar o dispositivo é confortável, oferecendo uma experiência premium e simultaneamente robusta. Mas como em tudo, existe sempre um custo. E esse custo é ilustrado na ergonomia do smartphone, que devido ao seu corpo único em alumínio, torna-se bastante fácil de escorregar das mãos. No entanto é de notar que as 5.2” polegadas, apesar de poderem aparentar constituir um tamanho algo exagerado para se segurar com uma só mão, consegue-se facilmente utilizar devido à pequena espessura do equipamento, que é de apenas 6.4 milímetros.

P8Corpo

Tudo1


CÂMARA

Chegámos à característica que a Huawei nitidamente pretendeu dar enfoque neste novo topo de gama, a câmara e todas as funcionalidades que a fabricante nela adicionou de forma a tentar tornar a sua experiência de utilização mais rica.

A câmara principal apresenta uma resolução de 13 megapíxeis, um standard que se tem vindo a verificar nos equipamentos de gama alta e média-alta. Contudo, a Huawei apetrechou a câmara com algumas funcionalidades inovadoras, com o propósito de se destacar perante as restantes câmaras mobile.  

Fotografia de dia em modo HDR

Fotografia de dia HDR

A imagem acima corresponde a uma simples fotografia tirada em plena luz do dia em modo HDR, cuja função passa por realçar os pontos onde existe menos luz e gerar um equilibrio funcional com as partes onde a luz é mais incidente.

Não podemos afirmar que ficámos desiludidos, porém, esperava-se um pouco melhor especialmente nas partes em que a imagem fica mais escurecida, que se esperavam mais nítidas. De resto não existe absolutamente nada a apontar, sendo que a câmara cumpre com todos os requisitos necessários para uma utilização de qualidade, oferecendo capturas com detalhes perfeitamente visíveis, especialmente no seu fantástico ecrã full HD.

Por fim retirámos uma fotografia à mesma paisagem mas em período nocturno, especialmente para testar o modo “super noite”, uma funcionalidade que se espera que faça jus ao nome.

Fotografia em modo HDR

Fotografia à noite HDR

 

Fotografia em modo Super Noite

Fotografia Modo Super Noite

A primeira imagem corresponde a uma fotografia capturada com o modo HDR, ao passo que na segunda já foi incluido o modo “super noite”. Apesar de ambas as fotografias representarem uma boa ilustração da paisagem, com boa visibilidade e qualidade, denota-se uma clara diferença em que a fotografia retirada com o modo “super noite” realmente se destaca pela positiva, oferecendo uma luminosidade significativamente superior relativamente à primeira imagem capturada.

O único senão é que para tirar uma fotografia neste modo, convém utilizar um tripé ou ter umas mãos bastante firmes, pois à mínima oscilação no decorrer dos cerca de 20 segundos que a fotografia demora a ser tirada, a imagem corre o risco de ficar distorcida. 

A respeito da câmara secundária do P8, esta vem equipada com uma generosa resolução de 8 megapíxeis particularmente direccionada para as famosas selfies, assim como alguns modos inovadores como o “modo de beleza”, em que o utilizador pode alterar um conjunto de características predefinidas como o brilho, espessura do rosto entre outras, com o propósito de tornar as selfies mais apelativas, podendo ainda definir vários perfis destas mesmas funcionalidades que podem posteriormente ser alternados consoante a pessoa e o contexto.

Quanto à gravação de vídeo, a câmara oferece uma resolução máxima de gravação em Full HD (1080p) a 30 frames por segundo, qualidade que se espera mais do que suficiente para gravar vídeos fluidos e com detalhe, algo que infelizmente não se verificou. A imagem é nítida, mas existe uma clara dificuldade da câmara em estabilizar a imagem que, por consequência, provoca várias flutuações no decorrer da gravação e reprodução. É contudo de destacar uma nova funcionalidade que a Huawei implementou no P8 a que chamou de “modo de realizador”, onde o utilizador pode conectar a sua câmara até a um máximo de três outras câmaras pertencentes a dispositivos semelhantes via Wi-Fi, de forma a gravar o mesmo vídeo sob várias perspectivas em simultâneo.


ENTRETENIMENTO

Espera-se que o Huawei P8 demonstre uma excelente performance em termos de jogabilidade e reprodução de vídeos, algo indispensável a qualquer smartphone de gama alta e que pretenda competir com os gigantes da indústria. Assim sendo, foram reproduzidos alguns vídeos em alta definição assim como jogos de última geração, com o propósito de analisar o desempenho oferecido pelo processador em conjunto com a sua componente gráfica.

O jogo seleccionado foi o Torneio de Campeões da conhecida empresa Marvel, cujos gráficos de alta exigência obrigam qualquer smartphone a “sacar” dos seus trunfos para o conseguir correr de forma fluida e consistente, algo que o P8 apesar de algumas dificuldades podemos afirmar que teve sucesso, ainda que demonstrasse um sobreaquecimento algo preocupante.

Em relação à reprodução de vídeos em alta definição, nada a dizer. O topo de gama da empresa asiática reproduz qualquer vídeo na perfeição, sem entraves nem quebras, permitindo oferecer ao utilizador uma magnífica experiência de entretenimento, correspondendo assim a todas as expectativas.


PROCESSADOR

Uma das especificações mais aguardadas para teste do P8 corresponde ao seu processador, um Octa-Core Hisilicon Kirin 930 fabricado pela própria marca e do qual se espera que ofereça um óptimo desempenho.

Ao longo dos últimos dias fizémos uma utilização intensiva do equipamento, de forma a averiguar até que ponto o mesmo consegue processar várias tarefas em simultâneo e de facto verificar verdadeira capacidade dos oito núcleos presentes no interior do dispositivo. Infelizmente, podemos afirmar que não surpreende.

O P8 revelou algumas dificuldades e atrasos inesperados aquando da abertura de algumas aplicações, algo que não se deveria verificar num equipamento que pretende competir ao mais alto nível do mercado. Já por diversas vezes tivémos oportunidade de analisar produtos que, mesmo com processadores inferiores, conseguiram proporcionar uma experiência de utilização mais consistente. Não sendo absolutamente nada de “deitar fora”, o Huawei P8 podia ter sido melhor optimizado.

No entanto e após correr o famoso software de benchmark para Android, a aplicação Antutu, os resultados que a mesma evidenciou são de facto muito bons, como se pode verificar em baixo.

Pontuação Antutu

P8Antutu1


MEMÓRIA

Equipado com 3 GB de memória RAM, o Huawei P8 pretende assim colmatar quaisquer problemas que possam eventualmente surgir no que à multitarefa diz respeito. E aqui temos que “dar a mão à palmatória”, pois o modelo cumpre com o que promete.

Com dezenas de aplicações abertas, o P8 apesar de todo o software inserido na IU (Interface de utilizador) própria da marca, alterna entre as várias aplicações sem se ver obrigado a fechar alguma, conseguindo deste modo obter um desempenho notável. E o melhor é que apesar das várias aplicações abertas, o equipamento não compromete em nada a sua utilização e rapidez de sistema.

Já no que respeita ao armazenamento interno, os 16 GB presentes satisfazem apenas os requisitos mínimos, tendo em conta que grande parte dos dispositivos cujo preço se situa acima de 500 Euros vêm com 32 GB de memória interna. No entanto existe sempre a possibilidade de aumentar a memória disponível através da inserção de um cartão micro SD, até uma quantidade de memória  máxima de 128 GB.


CONECTIVIDADE E BATERIA

Apetrechado com as últimas tecnologias de conectividade, o Huawei P8 vem equipado com ligação 4G LTE, bluetooth versão 4.1 e ainda uma placa Wi-Fi de última geração com hotspot incluido. Neste sentido, nada a apontar.

Relativamente à bateria, a mesma tem uma capacidade de apenas 2.680 miliamperes que, comparada com outros equipamentos da mesma linha, torna-se algo diminuta e que se esperava ser superior. Não deixa no entanto de permitir cerca de um dia inteiro de utilização moderada, cumprindo assim com os requisitos mínimos.


CONCLUSÃO

Apesar do seu design premium e corpo em alumínio, o P8 revelou várias dificuldades que a esta altura do campeonato e acima de tudo tendo em conta todo o hardware presente no seu interior, não deviam suceder. Destaca-se algum atraso na abertura de aplicações e a por vezes falta de fluidez no decorrer da utilização, assim como a gravação de vídeo da qual se esperava uma competência francamente superior. Fica a sensação de que se se retirar todo o software próprio da marca e deixar apenas a versão stock do Android, o equipamento obterá prestações claramente superiores.

Pela positiva sublinhamos o design e construção de qualidade, o fantástico ecrã que permite uma excelente visualização de conteúdo multimédia, o som bastante audível e sem ruído, a memória RAM que oferece uma soberba experiência de multitarefa e, por fim, as câmaras principal e secundária que, aliadas aos vários modos de fotografia disponíveis, tornam a experiencia realmente mais rica.


Prós:

. Design e construção.
. Ecrã de qualidade.
Óptima performance multitarefa.

. Vários modos de fotografia em ambas as câmaras.


Contras:

. Atraso na abertura de algumas aplicações.
. Sistema sobrecarregado pela interface de utilizador.
. Capacidade da bateria.
. Falta de estabilidade na gravação de vídeo.
. Preço avultado.