O termo “inteligência artificial” pode ser aplicado a uma multitude de ferramentas hoje em dia. Actualmente arrisco afirmar que já é de certa forma difícil, encontrar algum produto mecânico que ainda não tenha uma versão chamada “inteligente”.
Desde os óbvios smartphones, passando pelo mais recente mercado dos wearables, até produtos de cozinha ou de lides domésticas em geral, todos estes produtos edificam uma estrutura base cujo objectivo é o mesmo: tornar a vida de cada um de nós mais simples, através de características a que chamamos de “inteligentes”.
Logicamente, existem limitações. O caso da Siri, do Google Now ou da assistente de voz da Microsoft, a Cortana, correspondem ao mais próximo que temos a nível de inteligência artificial na sua verdadeira acepção, disponíveis para o consumidor comum fazer uso.
Contudo, o ramo da inteligência artificial pode vir a sofrer uma enorme evolução pela mão da conhecida IBM.
A gigante de tecnologia está a trabalhar com uma empresa dedicada à tecnologia de inteligência artificial, a Numenta, de forma a testar alguns algorítmos cuja base não é nada mais nada menos, que o próprio neocórtex humano.
Com base num circuito de cerca de 100 neurónios presentes na camada externa do cérebro, a próximidade desta tecnologia com a biologia humana será ímpar. Jeff Hawkins, fundador da Numenta afirmou que o objectivo do projecto «não é ser inspirado pela biologia. Eu quero recriá-la perfeitamente».
Ainda segundo Hawkins, a ideia basilar por detrás da construção «de uma inteligência de máquina» reside nos chamados circuitos de repetição, fundamental para o nosso cérebro interpretar o mundo em redor.