Inaugurada Infoteca AMI/FNAC para proporcionar o acesso a novas tecnologias
Porto, 04 Nov (Lusa) – Trata-se de um espaço onde os utentes do Centro Porta Amiga da AMI do Porto podem aceder livremente à Internet e a outras ferramentas informáticas, bem como receber formação em tecnologias e comunicação. No primeiro semestre deste ano, 750 pessoas procuraram o apoio social do Centro Porta Amiga da AMI do Porto, o que representa um aumento de 22 por cento face ao mesmo período do ano passado. A maioria destas pessoas encontra-se em idade activa (74 por cento), entre os 21 e os 59 anos de idade, sendo que o grupo dos seniores regista 15 por cento e as crianças e adolescentes com menos de 16 anos fica-se pelos sete por cento da população. A formação dada na infoteca abrangerá meia centena de utentes, entre crianças, adolescentes e adultos, incluindo seniores, divididos em dois níveis e separados em grupos de 10. A directora do Centro Porta Amiga do Porto, Cristina Andrade, salientou que já há lista de espera esta formação em tecnologias da informação e comunicação. “Temos já cerca de 50 pessoas em lista de espera para os próximos cursos, que arrancarão em Março/Abril”, disse, acrescentando que esta iniciativa tem ainda a vertente do “combate ao isolamento social”. Cláudia Almeida e Silva, directora-geral da FNAC, afirmou que “apenas uma pequena percentagem da população portuguesa tem acesso às novas tecnologias”. “Apenas 46 por cento de pessoas, entre os 16 e os 74 anos, usam o computador e 42 por cento usam a Internet”, frisou, acrescentando que há um elevado número de pessoas que se tornam, assim, “infoexcluídas”. A responsável salientou que o objectivo primordial desta parceria com a AMI é “proporcionar a todos o acesso às novas tecnologias”, bem como dar-lhes “conhecimentos básicos essenciais de informática”. O presidente da AMI, Fernando Nobre, lembrou que este projecto teve início há dois anos, com a abertura da infoteca de Gaia, e apenas terminará em 2011, estando previstas até lá a abertura de infotecas nos centros Porta Amiga do Funchal e de Almada. “A AMI tem 12 equipamentos sociais no país e só consegue fazer o que faz mercê de inúmeras parcerias”, frisou o médico. Para Fernando Nobre, dar resposta aos milhares de pessoas que recorrem à AMI anualmente só é possível se as entidades oficiais (governo e autarquias) colaborarem com empresas e com uma sociedade civil responsável. “A crise financeira que nos tocou a todos põe-nos perante responsabilidades tremendas. Faremos tudo para tentar minorar a situação”, disse Fernando Nobre. Os principais motivos de recurso ao Centro Porta Amiga do Porto são a precariedade financeira (85 por cento) e o desemprego (66 por cento). A distribuição de refeições (almoço e jantar) e de vestuário são os serviços mais procurados naquele local. JAP. Lusa