Internet: uma fonte de inovação ou de limitação?

A Internet sempre foi vista como uma forma de promover e incitar à inovação, mas poderiam os seus potenciais efeitos colaterais estar a contribuir para limitar o acesso à informação e à nossa forma de pensar?

Regra geral, tendemos a associar o rápido acesso à informação que a internet nos veio proporcionar como uma fonte inesgotável de inovação. E porque não? Facilmente conseguimos obter aquilo que queremos ou precisamos, estamos contactáveis e temos acesso quase imediato às informações que procuramos. São igualmente incontáveis os projectos que surgiram com o boom da internet, nomeadamente gigantes tecnológicas como a Google ou a Amazon, tidas em conta como algumas das mais inovadoras do mundo. Mas poderia a internet estar a ter um efeito exactamente oposto ao de trazer inovação?

De acordo com um artigo de opinião de Rob May, director-executivo da Backupify, sim. “Eu acreditei nas mesmas mentiras em que vocês ainda acreditam, durante muito tempo”, afirma. “Então quando li pela primeira vez, em 2008, sobre como a Internet está a ter um impacto negativo em limitar a aprendizarem moderna, eu não acreditei”.

Social-01

Os objectivos propostos pela internet inicialmente passaram por tornar os utilizadores mais produtivos, criativos e inovadores. Mas terá esta promessa sido cumprida? Que direcção está a ser seguida pela grande maioria?  A questão levantada por May em relação à restrição de ideias carrega em si alguma pertinência: “Cada pessoa que eu conheci parecia ler os mesmos blogs de tecnologias, ter a mesma informação, partilhar as mesmas opiniões sobre os mesmso tópicos e ter a mesma lógica de negócio”, afirma. “Se a internet restringiu a cultura, poderia ter também restringido a inovação”?

Enquanto este tópico pode estar realmente sujeito a debate, May acredita que sim. E em parte o seu argumento assenta nas limitações impostas por um acesso à informação mais estreito, baseado na prioridade do mais popular e do mais comentado contra o mais importante e significativo. “Quando os leitores vão a um site e têm tempo limitado, eles lêem o que todos os outros lêem”.

Internet: uma fonte de inovação ou de limitação?

Esta pressa de consumir e a prioridade sobre o mais popular vem resultar numa compreensão pouco aprofundada sobre os assuntos que temos à nossa disposição. “Nós humanos temos uma tendência natural face ao urgente. Como resultado, não guardamos o tempo para aprofundar e realmente compreender as coisas”. Ou seja, a análise que é realizada aos assuntos é mais superficial do que aprofundada. “Demasiado longo; não li”, acrescenta.

Poderia a internet estar a limitar a nossa própria experiência? May afirma que sim. Por outras palavras, se dentro de um sector ou uma indústria todos tiverem acesso apenas à mesma informação e lerem exactamente sobre os mesmos assuntos, a tendência será para concentrar ainda mais o assunto em tópicos menos diversos. “Os cérebros de todos estão a interligar-se para pensarem da mesma forma sobre as mesmas coisas. Não há insights aprofundados porque as nossas experiências são menos diversas do que alguma vez o foram”.

Potenciais alternativas? De acordo com May, continuar a seguir algumas formas mais tradicionais de meios de comunicação, como jornais impressos – o motivo está no facto de haver informação aprofundada e maior destaque para assuntos que, no universo online, não sejam necessariamente ‘blockbusters’.

Concorda com a opinião de Rob May? Acha que é um assunto que merece ser debatido? Diga-nos o que acha!

Internet: uma fonte de inovação ou de limitação?

BLAH BLAH BLAH

EMBED KUANTOKUSTA

Regra geral, tendemos a associar o rápido acesso à informação que a

internet nos veio proporcionar como uma fonte inesgotável de inovação. E

porque não? Facilmente conseguimos obter aquilo que queremos ou precisamos,

estamos contactáveis e temos acesso quase imediato às informações que

procuramos. São igualmente incontáveis os projectos que surgiram com o boom

da internet, nomeadamente gigantes tecnológicas como a Google ou a Amazon,

tidas em conta como algumas das mais inovadoras do mundo. Mas poderia a

internet estar a ter um efeito exactamente oposto ao de trazer inovação?

De acordo com um artigo de opinião de Rob May, director-executivo da

Backupify, sim. “Eu acreditei nas mesmas mentiras em que vocês ainda

acreditam, durante muito tempo”, afirma. “Então quando li pela primeira

vez, em 2008, sobre como a Internet está a ter um impacto negativo em

limitar a aprendizarem moderna, eu não acreditei”.

Os objectivos propostos pela internet inicialmente passaram por tornar os

utilizadores mais produtivos, criativos e inovadores. Mas terá esta

promessa sido cumprida? Que direcção está a ser seguida pela grande

maioria?  A questão levantada por May em relação à restrição de ideias

carrega em si alguma pertinência: “Cada pessoa que eu conheci parecia ler

os mesmos blogs de tecnologias, ter a mesma informação, partilhar as mesmas

opiniões sobre os mesmso tópicos e ter a mesma lógica de negócio”, afirma.

“Se a internet restringiu a cultura, poderia ter também restringido a

inovação”?

Enquanto este tópico pode estar realmente sujeito a debate, May acredita

que sim. E em parte o seu argumento assenta nas limitações impostas por um

acesso à informação mais estreito, baseado na prioridade do mais popular e

do mais comentado contra o mais importante e significativo. “Quando os

leitores vão a um site e têm tempo limitado, eles lêem o que todos os

outros lêem”.

Esta pressa de consumir e a prioridade sobre o mais popular vem resultar

numa compreensão pouco aprofundada sobre os assuntos que temos à nossa

disposição. “Nós humanos temos uma tendência natural face ao urgente. Como

resultado, não guardamos o tempo para aprofundar e realmente compreender as

coisas”. Ou seja, a análise que é realizada aos assuntos é mais superficial

do que aprofundada. “Demasiado longo; não li”, acrescenta.

Poderia a internet estar a limitar a nossa própria experiência? May afirma

que sim. Por outras palavras, se dentro de um sector ou uma indústria todos

tiverem acesso apenas à mesma informação e lerem exactamente sobre os

mesmos assuntos, a tendência será para concentrar ainda mais o assunto em

tópicos menos diversos. “Os cérebros de todos estão a interligar-se para

pensarem da mesma forma sobre as mesmas coisas. Não há insights

aprofundados porque as nossas experiências são menos diversas do que alguma

vez o foram”.