Japão saturado num mundo de telemóveis

O mercado japonês saturou, num mundo onde pouco falta para haver mais telemóveis que telefones fixos.

O Japão registou o seu pior crescimento em número de novos subscritores de redes móveis. E se tivermos em conta que houve o lançamento do sistema UMTS, então o crescimento nipónico torna-se, praticamente, irreal. Aliás, os números comprovam isso mesmo, já que a operadora que registou maior crescimento foi, precisamente, a NTT DoCoMo, responsável pela primeria rede de terceira geração em todo o mundo, com 260 mil novos clientes. A Vodafone J-Phone conseguiu 142 mil subscritores, enquanto que a KDDI ficou-se pelos 62 mil.

O somatório destes números não chegam ao meio milhão. O que, num mercado com 67,5 milhões de utilizadores é uma margem de progressão extremamente baixa, numa população de 128 milhões de habitantes. Ou talvez não, se tivermos em conta que o mercado japonês está saturado, isto é, não tem mais por onde crescer.

Outra realidade que se avizinha para todo o mundo, num futuro muito próximo, é a existência de mais telemóveis que telefones fixos. Isso já acontece, por exemplo, na Austrália, onde há 11,1 milhões de clientes móveis contra os 10,9 milhões de rede fixa. A percentagem é agora de 56% de utilizadores, contra os 42% registados no ano passado, segundo dados oficiais da ACA (Australian Communications Authority).

Quem também regista valores idênticos é o Taiwan (Formosa). Também naquele país do Pacífico existem mais telemóveis que telefones fixos e o panorama para aquelas bandas agrava-se de dia para dia. Basta recordar a loucura que há em torno dos telemóveis nas Filipinas, e o grande “boom” está para vir quando a China decidir abrir um pouco mais o seu mercado às marcas estrangeiras.