Lucro da PT caiu 5,5%

Quebra muito menor do que a prevista.

A quebra dos resultados líquidos é inferior à esperada pelos analistas contactados pela agência Lusa, que anteviam, em média, uma descida de 26%.

Parte desta quebra é atribuível aos custos com redução de pessoal, que subiram de cerca de 2 milhões de euros nos primeiros três meses de 2004, para cerca de 15 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, devido à redução de 80 postos de trabalho.

Este efeito deverá ser uma constante nas contas deste ano da operadora, tendo em conta o objectivo definido de reduzir até mil funcionários no exercício. Os analistas esperavam que a PT tivesse gasto cerca de 20 milhões de euros em pré-reformas e rescisões de contrato no trimestre.

Registe-se, também, que o investimento (Capex) consolidado quase duplicou, subindo 91,9% para 167,9 milhões de euros, traduzindo, especialmente, o investimento na tecnologia 1XRTT, no Brasil, que permite ao operador móvel Vivo (joint-venture com a espanhola Telefónica) ter uma aproximação à tecnologia UMTS.

Negócio móvel a subir

No negócio móvel, as receitas subiram 0,55 para 374,3 milhões de euros, penalizadas pela descida das tarifas de interligação móvel-móvel em Março. Sem este impacto, os proveitos operacionais teriam aumentado 2,8%.

Os proveitos operacionais da Vivo subiram 3% para 2,77 mil milhões de euros. Mas o EBITDA do negócio no Brasil caiu 3,2%, reflectindo a subida dos custos de aquisição e retenção de clientes, em resultado do aumento da concorrência, nomeadamente, com a entrada no mercado da Brasil Telecom, adianta a PT.