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Lucro da PT sobe 63%

Receitas do negócio móvel contribuem mais para as contas do grupo.

Os valores comparam com os resultados dos primeiros nove meses do ano passado, que foram prejudicados pelos custos com a redução de pessoal. A empresa teve custos de 278 milhões de euros com a rescisão de contratos no primeiro semestre de 2003.

Nos nove primeiros meses de 2004, as receitas operacionais subiram 5,4%, para 4,46 mil milhões de euros, segundo refere a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Excluindo o impacto da depreciação de 4,5% do real, as receitas teriam subido 6,7% para 4,515 mil milhões de euros. Este valor é ligeiramente superior à média das estimativas dos analistas, que era de 4,448 mil milhões de euros.

Em Portugal, as receitas do negócio fixo, televisão por cabo e Internet de banda larga subiram 1,4% para 1,372 milhões de euros, graças ao «forte crescimento das receitas do cabo e da banda larga, que compensaram o decréscimo nas receitas de tráfego na rede fixa», explica a empresa.

O contributo do negócio móvel para as receitas operacionais subiu 2,3% para 48,5% com a Vivo (joint-venture entre a PT e a Telefonica para o mercado brasileiro) a representar 24,6%, mais 1,8 pontos percentuais do que um ano antes.

O EBITDA (resultado antes de juros, taxas, depreciações e amortizações) subiu 4,4% para 1,769 milhões de euros, com uma margem EBITDA (que afere a rentabilidade do negócio) de 39,7%.

Os custos subiram 4,6% para 3,401 milhões de euros, com a empresa de telecomunicações a gastar 47 milhões de euros com a redução de 177 postos de trabalho no negócio fixo.

O investimento subiu 26,5% para 422 milhões de euros, com o aumento do investimento no negócio fixo e na Vivo a compensar a redução do da TMN.

Nos primeiros nove meses do ano, o investimento da PT representou 9,5% das receitas operacionais consolidadas. A dívida caiu 313 milhões de euros, para 2,902 mil milhões de euros, como consequência dos 841 milhões de euros de liquidez (free cash flow) conseguida no período.

Como parte do programa de recompra de acções, a PT já adquiriu 2,68% do capital social, gastando 257 milhões de euros.