Luta por contratos UMTS encarniça-se
Todos os fabricantes “esfolam-se” por um contrato de fornecimento aos diversos operadores europeus. O mais cobiçado, obviamente, é a Vodafone, espalhada por toda a parte. Sobretudo as subsidiárias onde a carteira de clientes signifique, automaticamente, dinheiro em caixa. É o caso da alemã T-Mobile onde surgem cinco cães ao mesmo osso: Nokia, Motorola, Matsushita, Samsung e Siemens.
A revista alemã “Der Spiegel” já dá como vencedor a Nokia, Matsushita e Motorola, mas a Siemens, a jogar em casa, ainda não deu a batalha como perdida. Segundo o fabricante alemão, as conversações ainda se mantêm de pé para disponibilizar aparelhos Siemens – em vias de se juntar aos japoneses da Toshiba – à T-Mobile.
Segundo o mesmo artigo da “Der Spiegel”, quem já ficou de fora da corrida foi o primeiro consórcio mundial de telemóveis, a SonyEricsson. Aliás, este contrato poderia ser uma tábua de salvação para a recém-criada marca de aparelhos de telecomunicações móveis. Não serão os fornecedores principais, nem da T-Mobile nem da casa mãe Vodafone, o que se revelou um duro golpe na estratégia comercial da marca na Europa.
Entretanto, segundo notícia do “Finantial Times” , as quebras no sector dos telemóveis caem a pique, cerca de 10% por trimestre quando comparados os resultados com os dos anos anteriores. Os mais prejudicados estão a ser os líderes de mercado, os finlandeses da Nokia, que apontavam a meta dos 40% de share do mercado mundial para este ano e têm vindo a cair para os 30.
Um dos sinais mais significativos de um mercado em quebra foi apresentado por um analista do “Finantial Times” ao dizer o seguinte: “A Nokia nunca anunciou os seus modelos antes de sairem para o mercado. Agora há a necessidade de provar aos consumidores que continuam a liderar este tipo de tecnologia”, reportando-se aos casos do 5510 e do 7650.
A Motorola também perdeu quota de mercado, assim como a Ericsson. A única marca que conseguiu subir neste segmento foi a sul-coreana Samsung, com a introdução dos seus telemóveis com display redondo e a cores, conseguindo assim destronar a alemã Siemens do quarto lugar de maior construtor de telemóveis mundial.
Sem dúvida momentos críticos no sector, que aguarda com grande expectativa a chegada do UMTS à Europa. Agora é que é mesmo caso para dizer…como pão para a boca.