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Mais de 30.000 contas de um banco internacional fugiram ao fisco

Uma fuga de informação relativa a mais de três dezenas de milhares de contas do conhecido banco HSBC sediado em Londres, revela que essas mesmas contas fugiram a múltiplos impostos. 


Desde contas pertencentes a políticos, jogadores de futebol, investidores e actores entre muitas outras, juntaram-se à já chamada maior fuga de informação bancária da história. O jornal The Guardian que ajudou a que os documentos fossem difundidos juntamente com o Le Monde, BBC Panorama e o International Consortium of Investigative Journalists, escreveu que “a operação do banco suiço ajudou activamente clientes seus a protegerem as suas contas das autoridades tributárias, chegando a esconder valores até 120 biliões de dólares”.

Os dados relativos ao processo que podem visualizar e explorar aqui, foram inicialmente divulgados por Hervé Falciani, um profissional de informática que trabalhava no banco. Após ter sido detido em França, não foi extraditado de volta à Suiça com medo de que revelasse a identidade dos detentores das contas que evadiram os impostos.

HSBC-Cartoon

Contudo algumas pessoas já foram identificadas, sendo algumas delas bastante bem conhecidas pelo público.

O cantor Phil Collins, a modelo e actriz Elle MacPherson, o empresário italiano Flavio Briatore e o actor Christian Slater são apenas alguns nomes entre muitos outros que detinham contas no HSBC e que usufruíam das suas políticas ilegítimas de fuga ao fisco.

O The Guardian explica como memos provenientes da fuga de informação revelam uma longa e duradoura má prática por parte do HSBC, afirmando que o banco “rotineiramente permitia clientes seus levantarem enormes montantes, muitas vezes em moedas estrangeiras de que nada serviam na Suiça” e ainda que “providenciava contas a criminosos de gabarito internacional, empresários corruptos e outros indivíduos com um perfil de risco”.

O HSBC está actualmente e enfrentar investigações criminais um pouco por todo o mundo, como resultado desta massiva fuga de informação.

Certamente que este caso ainda vai fazer correr muita tinta por todo o globo, dada a dimensão do banco em questão e acima de tudo o mencionado elevado perfil dos detentores das mais de 30.000 contas que o banco protegeu dos impostos.