Mais um milhão de torres de telecomunicações serão produzidas até 2020
As conclusões são de um estudo produzido pela StatPlan Energy, que analisou a indústria em redor das torres de telecomunicações
*Artigo publicado originalmente no iOnline
A empresa estima que actualmente existem cerca de 4 milhões de torres de telecomunicações instaladas em todo o mundo, com uma taxa de crescimento anual composta de 4.1% até 2020 – altura em que este número já se deverá situar nos 5 milhões, conclui o estudo. Esta é uma indústria que as estimativas crêem movimentar 23,3 mil milhões de dólares anualmente.
O estudo também chama a atenção, contudo, para as variações, de região para região, no ritmo de crescimento e na própria estrutura da indústria. Segundo Euan Blauvelt, principal autor e director do estudo, as torres de telecomunicações representam aproximadamente 50% dos gastos totais de um operador de telecomunicações – um facto que tende a ser associado a largos investimentos em infraestruturas e a arrastamentos significativos na liquidez operacional das empresas.
“À medida que muitos operadores enfrentam quedas nas receitas, eles optam por libertar capital preso à infraestrutura”, afirmou. “Por sua vez, o conceito de partilha de bens tornou-se noutra tendência-chave na indústria”. Globalmente, a StatPlan estima que 18% de todas as torres de telecomunicações existentes operadas de forma independente, através de arrendamentos a operadores.
O arrendamento de torres de telecomunicações é uma indústria já estabelecida nos EUA e na Europa, mas encontra-se actualmente a dar os primeiros passos na China graças a uma iniciativa conjunta entre os três principais operadores de telecomunicações daquele país – China Telecom, China Mobile e China Unicorn. Também a África Subsariana é vista como um dos territórios onde esta prática é mais popular..
Como consequência, e sendo este um mercado considerado irregular, a StatPlan antevê que ao longo dos próximos anos o sector das telecomunicações será caracterizado por muitas fusões e aquisições entre empresas e operadores, de forma a poderem responder mais eficazmente aos custos significativos relacionados com infraestruturas.