Mas alguém ainda usa os telemóveis para fazer chamadas?
Num futuro não muito distante servirão para tudo menos para fazermos chamadas. Lteralmente. O envio de SMS, e-mails ou chats é que assumirão o protagonismo.
É verdade: num futuro não tão distante quanto isso, os telemóveis servirão para quase tudo menos para realizarmos chamadas. E se à partida pode parecer uma afirmação exagerada, façam vocês mesmos a pergunta: com que frequência realizam chamadas telefónicas e com que frequência optam por enviar SMS’s, e-mails ou serviços de chat?
Quem tem vindo a seguir esta tendência com especial atenção são os operadores de telecomunicações. De facto, a GSMA – um consórcio composto por vários operadores de todo o mundo – acredita que os dados móveis deverão ser a próxima ‘mina de ouro’ do segmento mobile, ultrapassando os lucros gerados pelas chamadas-de-voz já a partir de 2018. O que não é de surpreender se tivermos em conta o cada vez maior destaque que o tráfico de dados assume nos actuais tarifários móveis.
De acordo com a GSMA, o Japão tornou-se o primeiro país do mundo – ainda em 2012 . onde os lucros gerados pelos dados móveis ultrapassaram os lucros gerados pelos serviços de voz, com elevadíssimas probabilidades de a Argentina ser a próxima a ultrapassar esta meta. Mercados como o Reino Unido ou os Estados Unidos, por sua vez, poderão juntar-se ao ranking do Japão ainda em 2014.
De que forma é que isto vai afectar o mundo, ou até mesmo nós enquanto utilizadores? Existem várias previsões: os serviços de Saúde que recorrem ao mobile poderão ser uma das grandes revoluções dentro deste segmento ao longo dos próximos cinco anos, estando previsto que possa salvar cerca de 1 milhão de vidas em África ao longo deste período; os serviços de educação com recurso ao mobile também deverão contribuir para a formação de 180 milhões de estudantes; os meios de transporte provavelmente irão tornar-se ‘inteligentes’, a tecnologia mobile irá propagar-se ainda mais e deverá contribuir para uma redução de até 35% do tempo perdido em transportes públicos.
Os dados móveis não são apenas uma comodidade, mas estão a tornar-se na energia vital das nossas vidas diárias, sociedade e economia, com mais e mais pessoas ligadas, referiu Michael O’Hara, director de marketing da GSMA. Esta é uma responsabilidade imensa e a indústria móvel precisa de continuar a colaborar ocm governos e sectores-chave da indústria para disponibilizarem produtos e serviços que ajudem as pessoas em todo o mundo a melhorar os seus negócios e sociedades, acrescentou.