Menos investimento é preocupante
Citando um estudo da Ernst & Young, que aponta «a existência, em Portugal, de uma rede de telecomunicações moderna» como um dos principais motivos de atractividade para os investidores estrangeiros, Jorge Coelho notou que, entre 1998 e 2007, o investimento dos operadores portugueses caiu para metade, designadamente de 1,4 mil milhões de euros para 800 milhões, enquanto o volume de negócios duplicava de 4,3 mil milhões de euros para 8,4 mil milhões.
O presidente do congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que amanhã começa no Estoril, defende que «tem de ser retomado o investimento por parte de quem tem que o fazer, para que o esforço que houve nestes últimos anos para se ter uma rede ao mais alto nível mundial não se degrade».
O ex-ministro que tutelou as telecomunicações considerou, paralelamente, que há actualmente «um clima de estabilidade» a nível da regulação em Portugal, o que propicia o investimento, e recordou que o sector das telecomunicações corresponde a 7% do Produto Interno Bruto português.
A esse propósito, Jorge Coelho referiu que temas como «as perspectivas dos investidores, a regulação ou a TDT» são «questões centrais» do congresso da APDC.