MMS abre a porta à terceira geração
Dez anos após ter nascido, o Short Message Service tem finalmente um candidato a substituto. Chegado a Portugal em Maio último, o MMS, que não deixa de ser a antecâmara para a terceira geração, teve na Vodafone a sua estreia nacional, logo seguida pela TMN e só mais tarde pela Optimus. E todos estão ainda a tentar aliciar clientes do que é apontado como um serviço cheio de potencial dentro das comunicações móveis, tanto para o utilizador como para operadores e demais intervenientes.
Por isso, entrar no mundo do MMS em Portugal é, neste momento, totalmente gratuito, se excluirmos o equipamento pois nem todos os aparelhos estão aptos a assegurar este serviço. É no entanto de referir que a Nokia tem um serviço que garante o envio de um aviso aos receptores que apenas suportam SMS, indicando-lhes que têm um conteúdo de MMS alojado na internet e acessível a partir de qualquer computador.
Mas, relativamente aos operadores, as diferenças são ainda escassas e a única que sobressai é o período de gratuitidade do serviço. A Vodafone e a TMN anunciam o fim do regime excepcional já para dentro de uma semana, a 31 de Outubro. A Optimus continuará a oferecer totalmente o serviço até 31 de Dezembro e não seria de estranhar que as duas primeiras decidissem prolongar as suas campanhas até à mesma data, imitando o que a Optimus fez em Julho.
De resto, no que toca ao MMS, são mais as características comuns às três operadoras do que as diferenças. Todas impõem o limite de 30 Kb (as SMS estão limitadas a 160 caracteres) no total de cada mensagem, isto é, na soma do texto, imagens e som. E esta só pode ser enviada para um cliente da mesma rede que o emissor ou então para um endereço de correio electrónico. Ainda assim, em qualquer dos casos, é necessário assegurar a adesão ao serviço através de um telefonema para a operadora ou via respectivo site na internet.
Com o factor custo a não ter grande poder de influência no acto de escolha, já que não estão ainda divulgadas as tabelas de preços, e com o serviço a ser idêntico, a diferenciação está, por isso, longe de definir-se. Poderá passar em grande medida pelos equipamentos disponíveis e, mesmo assim, o leque de opções não é ainda muito alargado já que, por enquanto, apenas existem no mercado nacional dois telemóveis que suportam MMS: o pioneiro mundial SonyEricsson T68i (o tal da câmara fotográfica acoplável) e o recente rival lançado pela Nokia, o 7650 que tem a câmara incorporada, cada qual com diferentes configurações consoante a operadora.
Ambos estão disponíveis na Vodafone, cujo “menino bonito” é o Nokia no pack Vitamina P por 594,90 euros (com 45 euros de chamadas incluidos). Também o SonyEricsson pode ser adquirido no pack Vitamina P, sendo este ao preço de 479,90 euros (igualmente com 45 euros de chamadas), ou então no Pack Total 90 (60+30) com permanência de 24 meses na rede da Vodafone e custa aqui 299,90 euros (incluindo 25 euros de chamadas). Além disso, aos actuais clientes é facultada a manutenção do número de telefone e a Vodafone disponibiliza-lhes ainda, em exclusivo, a câmara fotográfica SonyEricsson Communicam MCA-20 por 199 euros.
Na TMN, o Nokia 7650 está disponível em diferentes opções nos pacotes Mimo Image, Up-grade, Hi-pack e Corporate. Tarifários à parte, o preço do aparelho é, respectivamente, de 594,90 euros (inclui 45 euros em chamadas e o único tarifário aplicável é o Mimo), 594,90 euros (55 euros em chamadas e acessível em todos os tarifários), 469,90 euros (25 euros em chamadas e grande variedade de tarifários) e 399,90 euros.
Por seu lado, o SonyEricsson T68i tem também múltiplas escolhas na operadora do Grupo PT, nomeadamente nos pacotes Mimo Multimédia, Up-grade, Hi-pack e Hi-pack com câmara Corporate, com preços de 479,90 euros (com 45 euros de chamadas e somente tarifário Mimo), 479,90 euros (55 euros em chamadas e todos os tarifários), 299,90 euros (25 euros em chamadas e vários tarifários) e 459,90 euros (25 euros em chamadas e vários tarifários).
A Optimus tem acessível o Nokia 7650 ao preço de 594,90 euros, sob o tarifário Boomerang. Desbloqueado para qualquer rede, este terminal custará cerca de 605 euros e o SonyEricsson 499,90 euros.
Entretanto, a Vodafone aposta em estar sempre um passo à frente no que toca ao MMS e foi também o primeiro operador português a disponibilizar este serviço em roaming. Tentou aproveitar ainda parte das viagens de Verão e fê-lo desde 18 de Setembro, dia em que entrou em vigor o acordo nesse sentido com as operadoras contratadas em Espanha, França, Alemanha, Suíça, Itália, Grécia, Reino Unido, Irlanda e Suécia. Até ao fim da gratuitidade do MMS, a Vodafone apenas cobrará o tráfego GPRS em roaming.
Neste panorama, a escolha do operador não é ainda muito fácil por ausência de parâmetros bem definidos que permitam balizar a decisão. Ou seja, a ideia é mesmo entrar na aventura enquanto é grátis e chegar primeiro ao futuro.
É que, Muito Mais do que um Serviço, o MMS constitui uma nova forma de comunicação e, potencialmente, representa o futuro das comunicações pessoais, sejam para fins particulares sejam com objectivos profissionais. Não é à toa que o seu aparecimento antecedeu (mais do que o esperado…) a chegada do UMTS e, através da disponibilização de ecrãs a cores e mensagens maiores e mais complexas, está a funcionar como a grande ponte entre as comunicações móveis da 2ª e da 3ª gerações. Pode mesmo dizer-se que o MMS veio dar um importante contributo para diminuir o generation gap!