MMS não terá o sucesso do SMS
Aliás, a Vodafone Telecel já tinha declarado que está a contar que o MMS represente cerca de 10% das suas receitas até ao fim de 2003, para que seja justificado o investimento feito na campanha do produto Live! E é bem provável que, agora, com a interoperabilidade conseguida, os números de tráfego de MMS sofram um ligeiro aumento, mas a venda de terminais com tais capacidades pode não ser o suficiente para que se façam estimativas tão animadoras.
Nas contas da Mobile Commerce World, o SMS já foi elevado ao estatuto de “galinha dos ovos de ouro” dos operadores, com uma optimização de margens de lucro na ordem dos 95% em alguns casos na Europa. O problema é que o MMS está longe desta realidade, pelo menos nos prazos que os próprios operadores estipularam para que tal acontecesse. O que irá significar um decréscimo significativo nas margens das companhias de telecomunicações móveis.
O ponto alto do SMS será precisamente 2003, esperando-se que venha a cair de ano para ano à medida que os preços da concorrência subam e que as novas tecnologias ganhem o seu espaço no mercado. Não há dúvida que a nova geração de mensagens multimédia irá ocupar o espaço deixado pelo SMS, uma vez que permite o tráfego de imagens, gráficos, som e vídeo entre terminais, mas o seu crescimento poderá significar, apenas, receitas no valor de 4.9 mil milhões de dólares em 2006.
Números preocupantes se se tiver em conta que a produção de conteúdos nesta área ainda não arrancou de forma consistente, a qual poderia ser uma das soluções para o incremento do tráfego (com excepção para os casos da Coreia do Sul e do Japão). A salvação para a Mobile Commerce World pode estar na troca de e-mails e de serviços como o instant messaging. Há, ainda, outros filões por explorar como são os casos das descargas multimédia (músicas e clips), do mobile gaming e dos pagamentos por telemóvel, o que assegura bons resultados no capítulo do tráfego de dados.