O salão internacional do audiovisual, em que os operadores de televisão fazem grande parte das suas compras, esteve dominado pela telefonia móvel e pela convergência entre os diversos meios.
O futuro do entretenimento móvel, as aplicações, os standards e as diversas tecnologias, assim como as estratégias para gerar lucros com os conteúdos, foram passados em revista com a presença de operadores e fabricantes como a Vodafone, a Ericsson, a Samsung e a Nokia e, ainda, de gigantes da informática como a Microsoft e a Intel.
Segundo a AFP, Peter Cowley, director dda divisão de médias interactivos da líder da tele-realidade – a Endemol – declarou haver grande interesse sobre a televisão via telemóvel no Reino Unido.
Por sua vez, Pascal Thomas, responsável pelo marketing multimédia do operador francês Orange, apontou que «90% dos jovens já viram, pelo menos um avez, um vídeo no telemóvel».
A propósito, a Ericsson fez em Cannes uma demonstração nesta área, contemplando videochamadas, mobileTV e videostreaming. E o vice-presidente da Nokia, Anssi Vanjoki, referiu que a difusão contínua de programas de televisão, combinados com o uso da Internet de banda larga ou de consolas de videojogos ou as rádios FM, é já uma realidade para 25 milhões de utilizadores da marca finlandesa. Vanjoki afirmou mesmo que, graças ao aumento da velocidade de transmissão de dados na telefonia móvel que a terceira geração veio potenciar, «a televisão no telemóvel já não faz parte da ficção-científica e existe uma procura efectiva». O consumidor europeu estará mesmo disposto a pagar entre 4 e 6 euros mensais pelo serviço, segundo estudos feitos pela Nokia.
