Morgan Stanley mantém recomendação para PT
As acções da Portugal Telecom constituem nesta altura um bom investimento, perante os resultados do primeiro trimestre divulgados recentemente e as boas perspectivas de evolução dos vários activos da empresa. Como principais factores positivos destacam-se os investimentos no Brasil e a performance da operadora móvel TMN, que continua a liderar o mercado nacional com uma quota de mercado acima dos 40%. A Morgan Stanley refere que a operadora nacional constitui um título atractivo, com reduzida exposição aos riscos do UMTS e uma sólida situação financeira. Numa nota de research emitida recentemente, a Morgan Stanley manifestou o seu interesse pela Portugal Telecom e reiterou a sua análise anterior, mantendo a recomendação de «outperform» e o price target nos 13 euros. Um preço que representa um potencial de valorização próximo dos 20%. De acordo com a casa de investimento. a grande surpresa dos números apresentados está relacionada com as comunicações de rede rixa, o principal negócio da empresa e que é responsável por mais de metade dos resultados operacionais. Apesar do incremento de concorrência neste segmento, o aumento do tráfego e a melhoria no controlo de custos permitiram um decréscimo de apenas 4 % nos resultados operacionais (EBITDA), uma quebra que se revelou bastante inferior aos 11% previstos. Além desta surpresa na principal área de negócio da PT, também os restantes activos se revelaram rentáveis. A TMN aumentou o número de clientes para 3,5 milhões no final do primeiro trimestre deste ano, catapultando o EBITDA para um crescimento de 32%. No que se refere à participação da Portugal Telecom na Telesp Celular, que foi aumentada para 41% no ano passado, observaram-se igualmente números positivos. Os resultados operacionais da maior operadora móvel brasileira, que nos primeiros três meses deste ano representaram cerca de 11% no total, cresceram 103% para um montante de 51 milhões de contos. Na área de multimédia, a Morgan Stanley realça a consolidação das contas da Lusomundo, responsável pelo incremento do EBITDA para 8,9 milhões de euros.