No seguimento do que a concorrência já anunciou, também a Motorola vai apresentar o seu modelo UMTS durante o segundo semestre deste ano. A830 é o nome do terminal que terá um ecrã TFT de 4096 cores, será dual mode e o preço deverá rondar a média de um telemóvel GSM topo de gama. Será vendido em duas versões, uma com câmara digital incluída e outra onde a câmara será uma opção.
Apesar de Rui Antunes ter afirmado que a sua comercialização ainda pode ser feita no decorrer deste ano, o certo é que foi alertando para o facto “da entrada deste modelo depender muito do trabalho profundo que terá de ser feito com os operadores”. Uma atitude que também exaltou alguns ânimos no seminário da APDC sobre “Comunicações Móveis”.
O mesmo responsável da Motorola em Portugal apontou o UMTS como uma “tecnologia nova cujas portas que abre não dão acesso a uma nova divisão, mas sim a um corredor que terá de ser percorrido por todos os agentes envolvidos na indústria das telecomunicações móveis”. Foi o único representante que falou em interoperabilidade entre fabricantes e que levantou a discussão das plataformas fechadas. Aliás, este tópico ficou consensualmente esclarecido pois todos os fabricantes disseram que era importante projectos como o Bluetooth estarem abertos aos interessados e não serem exclusivos de uma determinada marca.
Mas da discussão do referido seminário, a Motorola pareceu ser uma das poucas marcas que não deverá temer o futuro. Conta com a receptividade dos demais operadores e os seus modelos podem enquadrar-se nas preferências dos utilizadores nacionais. Rui Antunes ainda acrescentou que “o primeiro operador que lançar o sistema UMTS terá que se concentrar na comercialização de apenas um ou dois terminais”. Ideia que faz algum sentido, mas poderá não ser exequível pois todos reconhecem que o mercado, sobretudo dos terminais, é e vai continuar a ser extremamente competitivo.
