Trabalhando com recursos gráficos de alta tecnologia, materiais da era espacial, como o titânio, e amostras das mais recentes preferências dos consumidores em termos de cores, sons e formatos, a equipa veste jeans como uniforme e dedica-se a um ciclo ininterrupto de pesquisa, criação de protótipos, testes e revisões. A missão é concretizar a visão do presidente-executivo da Motorola, Edward Zander, para «o aparelho que antes era conhecido como telemóvel», transformando os terminais em ferramentas com recursos muito superiores às simples chamadas de voz e permitindo a transferência de um fluxo contínuo de informações de casa para o escritório, bem como para o carro e muitos outros lugares, com facilidade.
«Os aparelhos móveis existem para viajar consigo, para fazer parte de si», diz Jim Wicks, que trabalha na empresa há três anos, depois de passar pela Sony. A sua tarefa é coordenar o trabalho dos designers da Motorola em todo o mundo e tentar compensar o terreno perdido em 2003, explorarando a fraqueza recentemente registada pela líder Nokia, que perdeu quota de mercado em grande parte devido a ter adoptado uma abordagem mais restrita em relação ao design.
De acordo com pesquisas da Motorola, os utilizadores de terminais móveis cansam-se dos modelos existentes em pouco menos de dois anos, o que torna crucial para a 2ª marca do mercado manter-se à frente da tendência num processo que exige cerca de um ano para fazer um novo equipamento chegar ao mercado. A Motorola pretende lançar pelo menos 12 novos modelos de telemóveis no quarto trimestre, para clientes como a AT&T Wireless Services, Verizon Wireless e T-Mobile, enquanto que, há dois anos atrás, a marca lançaria menos de cinco modelos no mesmo período.