
Se em em 2010 se estimou que 37% da Internet pertencia a conteúdos pornográficos, hoje essa informação não podia estar mais desactualizada. É que, de acordo com a BBC, 90% de todos os dados que o ser humano já produziu foram gerados só nos últimos dois anos.
Isto significa que actualmente a Internet conta com muitos mais dados do que em 2010, um fenómeno que se deveu, segundo o centro de pesquisa Sintef, à propagação de dispositivos como smartphones, tablets e redes sociais, entre outros factores.
Também os 37% estimados em 2010, baseados numa amostra representativa de quatro milhões de URL’s, podem ser colocados em causa, uma vez que um outro estudo acerca da sexualidade humana terá chegado a uma conclusão diferente – segundo uma análise a um milhão dos websites mais visitados do mundo, apenas 4% desses websites disponibilizavam conteúdo pornográfico.
Métricas diferentes
É importante referir que os dois estudos se basearam em metodologias diferentes: o estudo da Optenet contabilizou páginas, ao passo que os investigadores responsáveis pelo estudo sobre a sexualidade humana contabilizaram websites. Isto é importante porque os websites pornográficos tendem a produzir centenas de páginas novas por dia com conteúdo para manter as visualizações. Ou seja: apesar dos websites pornográficos disponibilizarem um enorme número de páginas com conteúdos, o número de páginas visitadas e de websites é relativamente pequeno.
Não há verdades absolutas
Apesar dos vários estudos realizados acerca desta temática, nenhum é realmente conclusivo: todos apresentam dados e metodologias diferentes, o que torna praticamente impossível avançar com uma estimativa concreta da presença da pornografia na Internet.
Via: MidiaNews / Notícias ao Minuto