Noiva tem de ter telemóvel

As famílias argelinas mais elevadas exigem que o candidato a genro inclua um telemóvel no lote de bens que tem de oferecer para ganhar direito à mão da filha. E não pode ser um aparelho «ordinário», tendo mesmo que incluir todos os extras.

Pelo menos em Sétif, situada a cerca de 300 quilómetros a leste de Argel, tornou-se já habitual as famílias do “jet-set” local exigirem um telemóvel com todos os extras entre as várias ofertas que exigem ao pretendente.

O aparelho “pode ir de um telemóvel normal a um equipamento de luxo, de acordo com as capacidades do futuro genro”, relata a imprensa local, justificando que “os nossos costumes e tradições evoluem para não ficarmos na cauda da modernidade”.

E, com efeito, o telemóvel demorou poucos anos a assumir uma grande importância na sociedade argelina, ainda assim atrasada neste domínio por comparação coms os outros países do Magrebe e da África em geral.

O fim do monopólio estatal possibilitou a implantação da egípcia Orascom, que conta actualmente com dois milhões de assinantes. O operador público tem somente 600 mil clientes mas, entretanto, a kuwaitiana Watanya prepara-se também para entrar no mercado móvel argelino, em Setembro próximo.