A apresentação foi feita pelo próprio responsável dos Novos Produtos da Nokia em Portugal, Jorge Guedes, no Seminário da APDC sobre “Comunicações Móveis”. Esta terá sido, talvez, a informação mais relevante do seu discurso, embora tenha dado para perceber o posicionamento estratégico da Nokia em relação às próximas gerações de comunicação.
Segundo um vídeo promocional, a ideia que a marca finlandesa deixou transparecer é que depois do UMTS pouco se poderá evoluir tecnologicamente nas comunicações móveis, centrando a sua maior preocupação em tornar os terminais mais leves, mais pequenos e mais finos. Aliás, o futuro que a Nokia apresentou nesse mesmo pequeno filme não foi temporizado, afirmando Jorge Guedes que a possível data das imagens é da responsabilidade de todos os intervenientes na indústria das telecomunicações móveis. “Não é no dia 1 de Janeiro de 2003 ou no dia 26 de Setembro de 2002: é quando os key players do segmento acharem que estão criadas as condições para existirem comunicações assim”, referiu.
Isto porque a marca finlandesa acha que muito pode ser feito até se chegar ao verdadeiro mercado da terceira geração. E apontaram, por exemplo, a falta de desenvolvimento de aplicações Java para telemóveis como um dos casos mais gritantes de sub-aproveitamento dos recursos que hoje estão ao dispor dos terminais.
Pode concluir-se que a Nokia continua “agarrada” ao presente, na sua confortável posição de líder mundial de vendas em GSM e que, de alguma forma, as novas gerações de comunicações móveis possam vir afectar o seu lugar. A marca finlandesa pode continuar a vender muitos aparelhos, ainda, mas uma coisa já ficou clara: não está, de forma alguma, a liderar o processo tecnológico que está a resultar da evolução (e não revolução) entre a telefonia móvel e a videotelefonia móvel.
