Nokia faz bluff

Mais de metade dos inquiridos de uma sondagem acha que a Nokia faz bluff ao querer retirar a sede da Finlândia.

Pouco mais de 50% dos inquiridos no estudo feito por um site norueguês de telemóveis acham que Jorma Ollila está a tentar pressionar o governo finlandês a baixar a carga fiscal ao maior produtor de telemóveis do mundo. Aliás, são os próprios responsáveis governamentais que consideram a Nokia como o maior contribuinte da Finlândia. Perdê-lo significaria um duro golpe na bolsa pública. A par de considerarem um bluff, a mesma maioria dos inquiridos acha que a Nokia deve vai ficar onde está. Mas num cenário de mudança, 23% acha que os Estados Unidos seria a opção mais acertada da Nokia, para sediar a sua base de negócios. Curiosamente, a segunda opção mais defendida pelos inquiridos (16%) foi a Islândia, ainda mais isolada e fria que a própria Finlândia. Só o paraíso fiscal das Ilhas Caimão aparece como terceira escolha, com 10%. Bluff ou não, o certo é que o executivo de Helsínquia pondera a hipótese de baixar de 46 para 43% a carga fiscal ao maior fabricante de telemóveis do mundo. É que um contribuinte como este nenhum governo se pode dar ao luxo de perder, sobretudo num país como a Finlândia onde os recursos naturais não se comparam aos seus vizinhos da Noruega e Suécia.