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Nokia foge dos impostos.

O fabricante ameaça retirar a sede do seu país de origem. Traição! Gritam os finlandeses

O presidente da Nokia, Jorma Ollila, em entrevista a um canal finlândes de televisão, admitiu a possibilidade de mudar a sede da empresa para fora da Finlândia. A razão é simples e comum a todos os países escandinavos: as altas percentagens de impostos.

O título do documentário que precedeu a entrevista não podia ser mais explícito para o mote: “Nokia – grande demais para a Finlândia”. A argumentação do presidente da empresa não se fez esperar, dizendo que apesar de 40% da força de trabalho da Nokia estar no país de origem, as vendas “caseiras” da Nokia representam apenas 1% do total. No entanto, também não se pode, nem se deve, comparar o mercado finlandês com o resto do mundo.

Economicamente, Jorma Ollila, já avisou que esta situação é insuportável para a empresa a longo prazo. Por isso, ainda deu uma segunda oportunidade ao governo de Helsínquia: tem cinco anos para ponderar bem a situação fiscal da Nokia. A partir daí, o gigante finlandês poderá mudar de sítio e dar dinheiro a ganhar a outro país.

Este prazo de 5 anos não é inocente. Jorma Ollila definiu-o como meta para a grande explosão do sistema UMTS em todo o mundo, sendo então altura para a Nokia definir a sua estratégia empresarial. Sempre com a questão dos impostos no topo das prioridades.

Isto prevê uma luta de vida ou morte para os restantes países, caso o governo finlandês não ceda nas contribuições. Qual será o país que não gostaria de ter a Nokia como empresa sediada sob o seu domínio fiscal?