O que é que é mais popular? O smartphone ou o sistema operativo? Se por um lado não conseguimos responder a essa questão com 100% de certezas, uma coisa é certa: o software não consegue existir sem o hardware, e vice-versa. Tem que haver complementaridade entre ambos.
No caso do Windows Phone, e por maior qualidade que alguns dos seus dispositivos tenham apresentado no passado, só o Nokia Lumia 1020 é que parece ter surgido como a primeira verdadeira alternativa ao Android e iOS, dentro da plataforma da Microsoft. O motivo, contudo, vai para além da sua câmara de 41 MP – é que, de acordo com Dan Rowinski da ReadWrite, as funcionalidades mais interessantes do novo Lumia 1020 são da Nokia e não da Microsoft, que concebeu o sistema operativo.
“A Nokia está a começar tornar a plataforma Windows Phone fixe”, refere. “Como é que a Nokia está a conseguir isto? Ao fugir do desenvolvimento do Windows Phone muito centrado na Microsoft e ao criar novas formas criativas para os developers tirarem vantagens das funcionalidades Nokia”.
Isto não significa que o Nokia Lumia 1020 não venha enfrentar dificuldades. Os preços conhecidos – não oficializados ainda pela Nokia, portanto – rondam valores próximos dos 800 euros, o que poderá dificultar a vida à empresa finlandesa.
A questão é que, segundo afirma Rowinski, a Nokia está a trazer e a acrescentar valor ao Windows Phone. Se for bem sucedida, a Nokia conseguirá tornar a plataforma da Microsoft mais apelativa, não só ao consumidor mas também às fabricantes concorrentes – é que num meio tão saturado como o Android, onde a empresa dominante é a Samsung, uma alternativa com potencial ainda por explorar seria certamente mais apelativa e motivar a criação de dispositivos de elevada qualidade.
