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Nokia: novos objectivos e previsões

Nokia traçou novos objectivos para a empresa e indústria mobile, tais como maior rapidez de execução.

A Nokia encontra-se optimista e de saúde, com previsões de crescimento “interessantes”, em termos de receitas na indústria dos dipositivos móveis, para 2011 e a longo prazo. Impulsionada pela adesão dos consumidores aos smartphones e aos serviços mobile, a longo prazo a Nokia prevê que as margens da indústria de dispositivos móveis em termos brutos sejam pressionadas devido a factores relacionados com a competitividade, refere em comunicado, pelo que a fabricante finlandesa não deverá apresentar objectivos anuais para este ano.

A Nokia acredita que 2011 e 2012 serão anos de transição, à medida que a empresa investe na construção de um ecossistema líder em conjunto com a Microsoft. Após a transição, a Nokia prevê que a longo prazo as vendas líquidas ao nível dos Dispositivos e Serviços cresçam mais rapidamente do que o mercado, além da expectativa de um crescimento de 10% ou superior na área dos Dispositivos e Serviços, de acordo com a companhia.

Quanto à Nokia Siemens Networks, a previsão é de que as receitas globais cresçam ligeiramente este ano, comparativamente ao ano passado. O crescimento esperado em áreas como a banda larga móvel e outros serviços será contrabalançado por quebras noutros sectores, além dos contínuos desafios do ambiente competitivo que se observa.

A Nokia e a Nokia Siemens Networks dão prioridade em reduzir as despesas operacionais e de produção anuais não-IFRS em 500 milhões de euros, até ao final de 2011, além de aumentar a rapidez de execução face à concorrència.

Nova estratégia, liderança e estrutura operacional

A Nokia vai pôr em prática uma nova estratégia que terá implicações tanto a nível da liderança da empresa, como no que respeita à sua estrutura operacional. Os principais elementos da estratégia incluem: uma parceria estratégica com a Microsoft, com o objectivo de construir um novo ecossistema móvel global; o Windows Phone 7 será a principal plataforma de smartphones Nokia; Uma nova abordagem para captar volume e valor de crescimento para conectar “os próximos mil milhões” de utilizadores à Internet nos países em vias de desenvolvimento; Investimentos focalizados nas tecnologias disruptivas da próxima geração; Uma nova equipa de liderança e nova estrutura organizacional, claramente focadas na rapidez, nos resultados e na responsabilidade.

 A Nokia encontra-se perante uma fase crítica, sendo necessária e inevitável uma alteração significativa para seguirmos em frente, afirmou Stephen Elop, Presidente e CEO da Nokia. Hoje aceleramos essa mudança rumo a um novo caminho, com o objectivo de reconquistarmos a liderança nos smartphones, reforçarmos a nossa plataforma de dispositivos móveis e de nos consciencializarmos acerca dos nossos investimentos no futuro.

Com a adopção Windows Phone, o Symbian transforma-se numa plataforma de franchise, alavancando investimentos prévios para recolher valor adicional. Esta estratégia reconhece a oportunidade de reter e transferir a base instalada de 200 milhões de utilizadores Symbian. A Nokia espera comercializar aproximadamente mais 150 milhões de dispositivos Symbian nos próximos anos.

Já o MeeGo transforma-se num projecto de sistema operativo open source. O MeeGo será especialmente relevante na exploração, a longo prazo, do mercado de dispositivos, plataformas e experiências de próxima geração. Além disso, a Nokia planeia colocar no mercado, ainda este ano, um produto MeeGo.

No que respeita a feature phones, a Nokia revelou uma estratégia para impulsionar a sua inovação e força nos mercados em expansão, de forma a ligar o próximo milhar de milhão de utilizadores à sua primeira experiência de acesso a aplicações e à Internet.

Nova equipa de liderança e estrutura operacional

Também o quadro de liderança da Nokia vai sentir as novas mudanças, tanto na sua estrutura operacional como no seu posicionamento. Com efeito, desde dia 11 que a Nokia apresenta uma nova equipa de liderança com o compromisso, competências e pensamento inovador necessário ao ambiente dinâmico actual.

A Nokia Leadership Team, anteriormente denominada Group Executive Board, será composta pelos seguintes membros: Stephen Elop, Esko Aho, Juha Akras, Jerri DeVard, Colin Giles, Rich Green, Jo Harlow, Timo Ihamuotila, Mary McDowell, Kai Oistamo, Tero Ojanpera, Louise Pentland e Niklas Savander.

Alberto Torres abandonou a equipa de gestão, com efeito desde o dia 10 de Fevereiro, para abraçar outros interesses fora da empresa.

Esta liderança renovada deverá acelerar a tomada de decisões e melhorar o timing de comercialização dos produtos e inovações, com um foco importante nos resultados, na rapidez e responsabilidades. As novas estruturas operacionais e estratégicas deverão impactar significativamente as operações e o conjunto de colaboradores da Nokia, referiu a empresa.