Segundo o Observatório de Comunicação, «os conteúdos interactivos, personalizados e distribuídos por via das plataformas móveis (telemóveis, PDA`s e telemóveis wide screen) são os melhor posicionados para corresponder às expectativas da indústria dos media e seus públicos», apesar do referido mercado estar ainda em fase de crescimento e não de solidificação como se poderia pensar.
No entanto, é mais pormenorizado e segmenta ainda mais os valores por categoria de conteúdo. Em 2006 «os artigos completos irão representar mais de metade das receitas das edições electrónicas, crescendo acima dos 3.500 milhões de euros». Os alertas vão significar 1.400 milhões de euros e os títulos mantêm a sua reduzida quota de 500 milhões de euros a 1.000 milhões de euros, no mesmo ano.
Desta panóplia de serviços, cerca de 60% dos lucros serão repartidos pelos produtores e distribuidores de conteúdos, cabendo às operadoras de serviços móveis os restantes 40%, como meros veículos transmissores de informação.
A mobilidade dos telemóveis vai voltar a proporcionar o brilho da imprensa – que está mais do que provado que a Internet não garante -, mas nos dias que correm ainda obriga o leitor à posse de dispositivos tecnológicos e dificulta a distribuição de conteúdos extensos. Mas é tudo uma questão de tempo… e hábitos.