Skip to main content

Número de utilizadores de banda larga móvel ultrapassa pela primeira vez o da banda larga fixa

O número de utilizadores aumentou 259 mil no trimestre.

A banda larga móvel apresentou o ritmo mais intenso de crescimento durante o período em análise. O número de utilizadores aumentou 259 mil no trimestre, um acréscimo de 18% face ao trimestre anterior e de 99% em termos homólogos. Para além do elevado crescimento verificado no número de acessos em banda larga móvel, tem igualmente crescido a sua utilização pelos detentores desses acessos. O número de utilizadores de banda larga móvel activos no período de reporte cresceu 20% no último trimestre, ascendendo a 793 mil utilizadores, valor 152% superior ao verificado no período homólogo. Considerando o tráfego de acesso à Internet dos acessos móveis como indicador de intensidade de utilização, então o crescimento é ainda mais acentuado, tendo o volume de tráfego (em MB) no período em análise aumentado 40% face ao trimestre anterior. No caso do serviço fixo de acesso à Internet, o número total de clientes (cerca de 1,58 milhões) decresceu cerca de 2,5% face ao trimestre anterior e 1,3% face ao trimestre homólogo. Trata-se da primeira vez que se regista uma redução homóloga do número total de clientes da Internet fixa. O número de clientes de acesso dial-up continuou a decrescer, em resultado da migração dos utilizadores para a banda larga e, pontualmente neste trimestre, em virtude de actualizações às séries históricas de clientes de acesso dial-up enviadas por determinados operadores. Neste trimestre, o número destes clientes atingiu cerca de 60 mil, menos 39 mil que no trimestre anterior. A maioria dos clientes do serviço fixo de acesso à Internet utiliza a banda larga: os clientes destes serviços representam cerca de 96% do total de clientes. O número de clientes dos serviços de banda larga fixa atingiu cerca de 1,52 milhões, menos 2500 que no trimestre anterior. Os clientes de banda larga fixa decresceram, assim, 0,2% face ao trimestre anterior. Em termos homólogos registou-se um crescimento de 3,5%. A descida dos clientes de acesso fixo à Internet foi provocada pela diminuição dos clientes de ADSL (-3%). Esta descida, verificada pelo segundo trimestre consecutivo, resultou em parte de rescisões contratuais promovidas pela PTC em relação, sobretudo, a clientes de planos pré-pagos. No entanto, a principal tecnologia de acesso à Internet em banda larga fixa continua a ser o ADSL, que representa agora 57,6% do total. O modem cabo é utilizado por 41,2% dos clientes da banda larga fixa. No que se refere às quotas de mercado dos acessos em banda larga fixa, a quota de clientes do Grupo PT situou-se nos 37,3%, 2,7 pontos percentuais abaixo do trimestre anterior. O grupo Zon/TV Cabo tinha no mesmo período uma quota de 27,4%, mais 1,2 pontos percentuais que no trimestre anterior. Os prestadores alternativos tinham no seu conjunto uma quota de 35,3% no período em análise, mais 1,5 pontos que no trimestre anterior. No final do primeiro trimestre, a taxa de penetração do acesso à Internet em banda larga situava-se nos 14,4 por 100 habitantes para os acessos fixos e em 16,2 por 100 habitantes para os acessos móveis. No caso dos acessos fixos, este valor manteve-se igual ao registado no trimestre anterior e aproximadamente 0,5 pontos percentuais acima do registado no final do período homólogo. É de salientar que a taxa de penetração de clientes ADSL tem vindo a reduzir-se desde o trimestre anterior ao contrário das taxas de penetração de clientes Modem por cabo e de clientes de outros tipos de acesso que têm vindo a aumentar. No que respeita à banda larga móvel, a taxa de penetração cresceu 2,5 pontos no último trimestre. De acordo com a informação disponibilizada pela UE no seu 13.º Relatório de Progresso sobre o Mercado Único Europeu das Comunicações Electrónicas, a penetração em Portugal do serviço de acesso à Internet em banda larga fixa encontrava-se, no período considerado, abaixo da média da UE27. Em Janeiro de 2008, a penetração da banda larga na UE27 era de 20 por 100 habitantes, enquanto que em Portugal este valor era de 14,4. No ranking da UE, a penetração da banda larga fixa em Portugal ocupava a posição imediatamente abaixo da República Checa e da Letónia e encontrava-se acima do Chipre e da Hungria. No entanto, estas comparações não reflectem o crescente e significativo peso da banda larga móvel em Portugal, e provavelmente noutros países europeus. Não existe neste momento informação generalizada, comparável e disponível sobre a penetração da banda larga móvel nos restantes Países da UE, embora algumas entidades internacionais, nomeadamente a Comissão Europeia, já tenham comunicado a intenção de iniciar a recolha deste tipo de informação. O ICP-ANACOM foi dos primeiros reguladores europeus a recolher a divulgar informação sobre os acessos em banda larga móvel (desde Janeiro de 2007) e tem desencadeado todos os esforços no sentido de promover comparações internacionais que a incluam.