O Facebook venceu a Google na batalha pelo WhatsApp, mas não na guerra da publicidade
A grande notícia do dia foi a aquisição da popular aplicação de messaging WhatsApp pelo Facebook, num valor absurdamente gigante que se aproximou dos 20 mil milhões de dólares
- Lauro Lopes
- 20/02/2014
- Apps, Facebook, Social Media
A título meramente comparativo, o Facebook pagou aproximadamente mil milhões de dólares pelo Instagram, ou vinte vezes menos que os valores acordados com a aplicação de envio de mensagens. Também à semelhança do que aconteceu com o Instagram, o WhatsApp continuará a funcionar de forma autónoma como até aqui tem vindo a funcionar.
A base de 450 milhões de utilizadores em todo o mundo, que se pensa estar a crescer a uma média de 1 milhão de novos utililizadores por dia, terá sido um dos factores decisivos para que o Facebook optasse por levar este negócio para a frente. Importa referir que esta aquisição era “mais ou menos” expectável, ainda que os valores elevadíssimos tenham apanhado o universo tecnológico de surpresa – saberá Mark Zuckerberg o que está a fazer? Independentemente da resposta, os valores assombrosos deste negócio provocaram uma queda de 2% no valor das acções da rede social de Mark Zuckerberg.
Uma breve contextualização – Os rumores de que o WhatsApp estaria na mira da Google e do Facebook já andavam a circular online há vários meses. De facto, informações muito recentes dão conta de que a Google avançou ao WhatsApp uma oferta no valor de “milhões de dólares” para que fosse notificada no caso da aplicação de mensagens receber alguma “proposta para aquisição”. O WhatsApp, ao que parece, terá recusado.
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Se tivermos em conta que o WhatsApp é um dos actuais líderes de um segmento que está a matar as tradicionais SMS, além de disponibilizar uma base de novos utilizadores na ordem dos milhões, é fácil percebermos o porquê desta plataforma interessar a gigantes como a Google ou o Facebook – ambas competem, na verdade, dentro do segmento da exibição de publicidade (uma área onde o Facebook tem vindo a desenvolver um excelente trabalho e a aproximar-se da Google, por sinal) e ambas têm o segmento dos dispositivos móveis em elevada conta.
Tal como o Instagram, também o WhatsApp poderá vir a revelar-se uma plataforma adicional para o Facebook poder expandir o seu negócio da exibição de publicidade, sem necessariamente prejudicar a experiência de utilização da aplicação – uma filosofia que foi muito levada a sério durante a rentabilização do Instagram, que levou aproximadamente um ano a ser implementada mas que já era expectável desde a época em que não passava de um rumor. É importante referir que o Facebook tem vindo a ter um crescimento notável nesta área de negócio, mas que a Google ainda é de longe a líder em publicidade online.
Zuckerberg garante que o WhatsApp continuará a funcionar como até aqui tem vindo a fazer – afinal, fórmulas de sucesso não merecem revisões.