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O meu primeiro “Like”

Ainda se lembram do vosso primeiro “Like” no Facebook? O primeiro de todos? Não? Ninguém se lembra? Claro que ninguém se lembra. Querem descobrir o vosso primeiro “gosto” de sempre no Facebook?


O meu primeiro gosto foi no dia 26 de Novembro de 2009, na página OLX Portugal.

Se quiserem ver o vosso é relativamente fácil. Vão ao “Menu” por baixo do vosso nome, onde diz [Cronologia] [Sobre] [Amigos] [Fotos] [Mais], carreguem em [Mais], vai aparecer outro menu e carreguem em [Gostos]. Depois de abrir uma nova janela com todos os vossos “Gostos”, do lado direito vão ter um botão que diz [+ Adicionar à Secção Gostos] e outro com uma espécie de caneta. Carreguem na caneta, vai abrir um novo menu e carreguem em [Registo de Atividade]. Quando chegarem ao registo de atividade vão ter todos os vossos “Gostos” por data, do lado direito vão ter um menu por anos, carreguem no mais antigo e vão descendo na página principal até encontrar o vosso primeiro “Gosto” e preparem-se para uma boa surpresa.

Esta é a única surpresa que o registo histórico de “Likes” no Facebook nos pode dar. Porquê? Porque colocamos “Like” em tudo, tornou-se banal, normal, é quase tão comum como respirar. Vejo algo e “Like”, 0s amigos incomodam-nos no Facebook para fazermos “Like”, as pessoas pedem “Like”. O “like” é o “dinheiro”, a moeda de troca nas Redes Sociais. “Eu dou-te algo que criei, encontrei ou partilhei e tu só precisas de fazer “Like””.


O QUE MAIS IMPORTA

E as marcas? Como pensam? Como avaliam um “Like”?

Desde muito cedo que os “Likes” tornaram-se num dos dados mais relevantes a apresentar aos directores de marca. Se uma marca tivesse ganho xx “Likes” numa semana quer dizer que o trabalho estava a ser bem feito. Ainda hoje, o “Like” é uma medição do trabalho bem feito, mesmo depois de todos percebermos que com apenas €10 investidos no Facebook conseguimos 1000 likes facilmente, ou existirem Dark Posts, as pessoas que mandam nas marcas ainda aceitam isso como trabalho válido e um factor de sucesso, talvez pela facilidade de ver um número a crescer.

“Em 2014 crescemos 15.000 “Likes” na página, estamos no bom caminho.”

Tenho uma notícia para todos. Em 2015/2016 o problema não é crescer em “Likes”, o problema é manter os “Likes” e colocá-los a interagir com a marca, que está cada vez mais difícil de o fazer nas redes sociais sem investir dinheiro.

Esqueçam os “Likes”, pensem em interações, em partilhas, em conteúdo relevante, em fãs a defender uma marca, invistam em criatividade, em criar algo novo que realmente faça sentido para a marca. Os “Likes” que estão convosco, vão tratar de encaminhar a mensagem para os que não estão. Chama-se Social Media e trabalho bem feito.

Os “Likes” podem ajudar a definir a personalidade de uma pessoa, mas não podem nunca definir a mensagem e a promessa de uma marca.