O que resulta da Nokia e da Sega?
Não deverá faltar muito para que o famoso e energético Sonic, criação da Sega, seja associado à Nokia para poder voltar a arrasar o mercados das consolas portáteis de jogos. Não há dúvida que o Java abriu novas perspectivas ao software instalado nos telemóveis e a introdução dos ecrãs a cores fez o resto do trabalho.
O N-Gage é a aposta do fabricante finlandês de telemóveis, que vê nos jogos a grande oportunidade da mobilidade. “Acreditamos nisso. O dispositivo móvel de jogos leva-nos a um novo nível da interactividade móvel dos jogos e que nos abre uma gama única de perspectivas de grande qualidade que os editores de jogos nunca tiveram até aqui”, referiu Ilkka Raiskinen, vice-presidente da Unidade de Entretenimento e Negócios Multimédia, da Nokia Mobile Phones.
É aqui que surge a Sega, como um dos maiores editores de jogos do mercado, cuja variedade de géneros agradou bastante aos responsáveis do líder mundial de telemóveis. Esta colaboração fará com que a Sega desenvolva jogos suportados pela nova plataforma Nokia Série 60 e pelo sistema operativo Symbian (o mesmo que equipa o 7650).
Esta inovação no mercado dos terminais móveis vai permitir à Nokia apresentar uma cartada forte juntos dos “tubarões” instalados no mundo do entretenimento doméstico, como é o caso da Sony (PS2), da Microsoft (X-Box) e da Nintendo (GameCube). É que, tal como justificou o mesmo responsável da Nokia, “temos a vantagem de nos apresentarmos como um wireless player, o que será uma grande vantagem para nós”.
E assim será. É que a Nokia planeia disponibilizar serviço em rede de curta distância através do sistema Bluetooth – permitir um jogo partilhado por inúmeros utilizadores em simultâneo, num curto raio de acção – ou, ainda, redes de longo alcance, com o serviço a ser disponibilizado pelos próprios operadores.