Obrigado Facebook, por nos alimentares o Ego

O Facebook é mais do que uma rede social – é também uma forma de alimentarmos o nosso Ego. Não acreditam? Há um estudo sobre o Facebook que o comprova.

Vamos supor que o dia não está a correr bem e que todo o universo parece conspirar contra nós – o que é que podemos fazer para nos sentirmos melhor? De acordo com um estudo realizado recentemente pela Universidade de Madison-Wisconsin a resposta é bastante simples: basta irmos ao Facebook e olharmos para o nosso próprio perfil.

A razão? Quando olhamos para o nosso próprio perfil na rede social de Mark Zuckerberg a tendência é para lidarmos melhor com todo o tipo de feedback negativo que recebemos. Durante o estudo foi realizada uma experiência onde os investigadores terão pedido a estudantes para realizarem uma de três tarefas específicas: navegarem pelo seu perfil de Facebook, navegarem no perfil de Facebook de um estranho ou escreverem uma dissertação rápida.

Obrigado Facebook, por nos alimentares o Ego

Os estudantes que navegaram nos seus próprios perfis de Facebook foram os que lidaram melhor com os comentários negativosOs participantes que tinham observado os seus perfis do Facebook por cinco minutos tiveram maiores probabilidades de assumir responsabilidades e menos hipóteses de culpar os outros ao receberem feedback negativo, referiram Catalina Toma e Jeffrey Hancock, investigadores.

Investir tempo no Facebook pode satisfazer necessidades importantes do ego. Ao exibir uma versão do Eu que é atraente, bem sucedida e integrada numa rede de relacionamentos com significado, o Facebook aumenta a percepção de auto-estima dos seus utilizadores.

Obrigado Facebook, por nos alimentares o Ego

Mas a experiência não se ficou por aqui: numa segunda fase da mesma, os investigadores pediram aos estudantes para falarem em público, tendo o respectivo feedback – neutro ou negativo – sido atribuído de forma aleatória. Só depois desta fase é que os investigadores deram a escolher aos alunos a realização de uma entre cinco tarefas distintas – uma delas sendo navegar no Facebook.

Os resultados revelaram que os estudantes com críticas negativas tiveram duas vezes mais probabilidades de passar tempo no Facebook do que os participantes que não receberam feedback negativo. Isto significa que a rede social mais popular do mundo pode servir para algo mais do que nos ligar aos outros – pode servir como uma ferramenta de auto-afirmação para os seus utilizadores, permitindo que lidem melhor com críticas negativas.

Tendo em conta que uma significativa maioria do tempo online é passado em redes sociais, as conclusões deste estudo poderão dar origem a inúmeros debates. O que acham destes resultados? Concordam com os mesmos? Deixem-nos o vosso feedback!