Orange pede adiamento de 3G
Nem mesmo o segundo maior operador móvel europeu, a Orange, resistiu à tentação de pedir um adiamento para a inauguração do UMTS na Suécia. O caso é tão mais grave, que o prazo pedido à autoridade reguladora do sector daquele país nórdico foi de três anos, o que quer dizer que 3G em Estocolmo e arredores só em…2006.
Isto depois da Alemanha e Holanda terem anunciado seguir o caminho do i-mode japonês (relegando o UMTS para segundas núpcias) e a Espanha ter já feito saber que seguiu o mesmo caminho.
Além disso, a Orange pediu igualmente que a taxa de cobertura da rede de terceira geração abrangesse apenas 93% da população (8,3 milhões de habitantes), em vez dos 98% (8,86 milhões de habitantes) que a atribuição da licença indicava. A diferença pode ser pouco significativa mas, dada a densidade populacional que se verifica na Suécia, com uma grande superfície territorial e uma enorme concentração habitacional, a necessidade de chegar ao número de utilizadores previsto pelas condições de atribuição da licença esgota-se nestes argumentos.
Mas a autoridade ainda não se pronunciou sobre a decisão, que pode afectar gravemente outros países da União Europeia. Muito provavelmente, o pedido de adiamento deverá ser recusado, não só pelos compromissos daquele país para com Bruxelas, mas também pelo facto de se poder abrir precedentes que podem levar, definitivamente, ao atraso da implementação do UMTS no Velho Continente.
Até porque nem tudo é mau neste contexto. Basta, para isso, lembrar que mesmo ao lado da Suécia, os vizinhos finlandeses da Sonera já têm a sua rede 3G completamente operacional (conseguiram-no logo no início deste ano), mas que por falta de terminais ficou em stand-by até que essa questão fosse resolvida. Exemplos que deviam ser seguidos…