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Os Estados Unidos impuseram sanções à ZTE. Isto é o que tem de saber

Os Estados Unidos acusaram a ZTE de violar sanções de exportação para o Irão.

 

*Imagem: © Kārlis Dambrāns/Flickr

 

Como castigo pelas acusações a ZTE foi sancionada com restrições comerciais. Como resultado encontra-se impedida de recorrer a componentes fabricadas nos Estados Unidos para os seus equipamentos.

As restrições também se aplicam a fabricantes estrangeiras que queiram vender à ZTE “uma quantidade significativa de componentes fabricadas nos Estados Unidos“, escreve a Reuters.

 

Isto não impede a empresa chinesa de continuar a vender telemóveis nos EUA, mas é esperado que a decisão tenha impacto global no inventário da fabricante.

O governo chinês já se manifestou contra as medidas, mas não declarou intenção de retaliar.

 

A única forma da empresa contornar estas sanções, parece, é recorrer a componentes que não sejam fabricadas nos Estados Unidos.

A ZTE também sugeriu aos seus fornecedores norte-americanos que se candidatassem a uma licença de exportação, mas a Reuters diz que o Departamento do Comércio dos Estados Unidos deverá negar a maioria dos pedidos.

 

As consequências são globais

 

As notícias das sanções dos Estados Unidos à ZTE começaram a circular no início da semana. Em última análise, as consequências destas restrições podem reflectir-se no inventário global da marca.

Ou seja: é esperado um impacto directo na capacidade da ZTE responder à procura da indústria.

 

É ainda provável que estas medidas estejam abrangidas por um prazo, já que o seu prolongamento inadequado pode resultar em implicações políticas significativas.

Se as restrições permanecerem por uma quantiade significativa de tempo, o caso escalaria, politicamente, a um nível muito elevado“, escreve a Reuters.

A China encontra-se em negociações com os Estados Unidos sobre esta matéria.

 

Olhos virados para a ZTE

 

No meio das acusações, os olhos também recaem sobre a ZTE por haver receio de que recorra a empresas de fachada para tentar contornar estas limitações.

Este cenário implica que uma empresa que não fosse a ZTE pode, de forma ilícita, reexportar ítems para o Irão em violação das leis norte-americanas sobre o controlo de exportações.

 

A ZTE já se manifestou oficialmente acerca destas restrições e afirmou estar a trabalhar para resolver o problema.

“[A] ZTE está totalmente comprometida a cumprir as leis e regulações nas jurisdições onde opera. A ZTE tem cooperado e vai continuar a cooperar e comunicar com todas as agências norte-americanas, conforme é requerido“.