Não é o melhor telemóvel do mundo – mas o GD92 é com certeza uma das apostas mais versáteis e inteligentes da Panasonic. O Telemoveis.com inspira-se e faz uma crítica ao aparelho.
Se o GD93 é o Surfista Prateado da Panasonic para as próximas aventuras dos super-heróis celulares, o GD92 deverá ser o Mandrake do topo de gama. Ou uma Bruxa de Eastwick, se o proprietário for do sexo feminino… É que o GD92 faz mais do que os outros antes que os outros possam reagir. Por exemplo, o previdente voice memo para gravar conversas telefónicas: se o utilizador não tiver papel à mão, o GD92 regista a informação necessária de ser apontada. Um pormenor, mas um pormenor essencial, que concorda habilmente com o objectivo último da utilidade de um telemóvel – permitir autonomia absoluta na vida-de-todos-os-dias.
Como um Gameboy
O GD92 não é invisível, mas desaparece quando é preciso graças a um sinal de vibração tão leve que parece soprado. Consegue fazer isso com 77 gramas. Não é um telemóvel que se carregue: é um telemóvel que flutua. O manuseamento, semelhante ao do GD93 – uma tecla de comando de quatro direcções (cima, baixo, esquerda, direita) – é escorreito e célere, o que permite atravessar o seu pequeno menu (com quatro hipóteses de iluminação de fundo, âmbar, azul, verde e magenta – tal como no GD93) com a agilidade de quem manipula um Gameboy. Os ícones são muito explícitos. Não nos faz perder tempo, este pequeno Panasonic.
A saber mais: dual-band, 118X40X16 mm nas suas dimensões; 210 minutos de conversação e 160 horas de stand-by; e-mail; os obrigatórios T9 para mensagens escritas rápidas, um mãos-livres e um dictafone (nada que faltasse ao GD93, mas aqui parece tudo mais fácil), calculadora e conversor de moedas. Por causa dos utilizadores em constante viagem, o GD92 tem um relógio que muda de hora à medida que muda de país. Sem ninguém lhe pedir nada.
…e a polifonia
Uma das generosidades deste Panasonic são as novas opções de sons para gravar e usar como toque de chamada. Podem ser descarregadas para o computador ou gravadas directamente através do site oficial. Ou seja, o toque de chamada num GD92 pode ser qualquer um destes: aplausos, relógio de cuco, vidros a partirem-se, uma voz que diz “Hi sexy!”, o relinchar de um cavalo, tiros de metralhadora, um galo, uma ovelha, uma sirene, a descarga de um autoclismo, o estalar de um chicote. E o mais inteligente de todos: uma campainha de telefone, das antigas. Nada de extraordinário, mas aqui está um telemóvel bem-disposto. De resto, é justo destacar que as melodias que já vêm com o aparelho são executadas em polifonia, imprimindo sem dúvida alguma um conjunto de melodias muito mais agradáveis.
O site do GD92 justifica uma visita atenta. As secções Features, Accessories, Entertain Me, Sales Info, Operating Instructions, Specs, Interactive Phone, mais do que cumprir o habitual fornecimento de informação, são uma breve lição em como apresentar telemóveis on-line – principalmente a secção Closer Look, que permite uma visualização à lupa por sobre todo o telefone.
O Panasonic GD92 merecerá um apontamento: tamanha sedução e tantos encantos existirão neste celular em quantidade certa? Há sempre o problema das peneiras, mas até o mercado estar inundado de telemóveis concorrendo entre si como num concurso de beleza e de feitiços tecnológicos, o Panasonic GD92 terá algum destaque na passerele. Abracadabra! E vem em nas cores de azul e titânio (afinal, titânio é o metal dos super-heróis mais vaidosos – mas esperemos que não descasque ao fim de 15 dias, como tem acontecido noutros modelos da marca…).
