Partilha de redes autorizada

A Comissão Europeia aprovou o acordo preliminar entre a mmO2 e a T-Mobiles na partilha de redes de terceira geração, no Reino Unido e na Alemanha.

Num período em que se fala de sucessivos adiamentos do UMTS, a Comissão Europeia achou que podia dar um “empurrãozinho” nos casos mais problemáticos. Aproveitando o acordo preliminar que existe entre a britânica mmO2 e a germânica T-Mobile, de partilhar a mesma rede UMTS, quiseram as autoridades de Bruxelas abrir um precedente – a questão da partilha ainda não estava bem delineada – e dar um sinal que tudo terá de ser feito para acelerar o processo de implementação da 3G.

Mas a Comissão Europeia ainda justificou a sua decisão com o facto dos consumidores poderem vir a ser beneficiados com esta política a qual, à partida, não coloca nenhuma restrição ao nível de concorrência entre os operadores que partilhem a mesma rede.

No caso português, o mercado está expectante sobre a posição que a Anacom irá tomar em relação ao UMTS. Os operadores têm defendido a necessidade de se recorrer a mais um adiamento, pela falta de terminais de terceira geração. Mas esse argumento poderá não convencer a entidade reguladora do sector, que pode seguir o mesmo caminho que a Comissão Europeia e autoriza a partilha de redes.

Esta seria uma decisão que poderia revolucionar o panorama nacional das telecomunicações móveis, uma vez que a partilha de redes nunca foi um cenário colocado entre os operadores. Mas caberá à Anacom decidir o que fazer, sem esquecer que a situação da Oniway, indirectamente, está também dependente dessa decisão.